Com a tramitação "travada" na Câmara, o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, pode começar a ser discutido primeiro no Senado. A proposta foi levada ao próprio ministro pela senadora Eliziane Gama (PPS-MA).
A intenção é dar protagonismo aos senadores enquanto os deputados se debruçam nas discussões da reforma da Previdência. A falta de prioridade dada ao pacote pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), provocou divergências públicas entre o deputado e o ministro na semana passada, com direito a troca de farpas entre os dois.
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Post de filho de Bolsonaro citando Moro faz Maia 'explodir'Prisão de Temer, aniversário de Bolsonaro e embate Maia/Moro pautam TwitterMoro reage às críticas de Maia de que estaria desrespeitando acordo'Com liderança de Maia e Bolsonaro, vamos aprovar o projeto anticrime', diz MoroPara que seja analisada primeiro pelo Senado, porém, algum parlamentar terá que replicar a proposta na Casa, colocando-se como autor do projeto.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também já foi consultado sobre a possibilidade. O assunto deve ser discutido hoje, em reunião de líderes.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), porém, disse não ser "propício" a proposta ser discutida antes pelo Senado. "Somos uma Casa revisora. Projeto dessa natureza tem que começar regimentalmente pela Câmara para depois vir ao Senado", afirmou a emedebista.
Grupo
Na Câmara, Maia estabeleceu um prazo de 90 dias para um grupo de trabalho analisar se junta a proposta de Moro com outras medidas já em discussão na Casa.