A previsão de uma visita do presidente Jair Bolsonaro à Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, marcada para a tarde desta quarta-feira (27/3), dividiu os alunos e provocou protestos na instituição de ensino. Novas manifestações — contra e a favor do mandatário — foram programadas também para o período da tarde. O presidente, no entanto, cancelou o compromisso.
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Grafeno
Em 18 de março, Bolsonaro informou sobre a visita que faria à universidade pelo Twitter. "Nos próximos dias, estaremos na Universidade Mackenzie - SP, referência na pesquisa de grafeno no Brasil, juntamente com o Ministro de Ciência e Tecnologia", escreveu no microblog.
Caso o presidente realmente compareça à instiuição deve ser alvo de novos protestos, embora alguns estudantes tenham iniciado a organização de um ato favorável a Bolsonaro.
Nas redes sociais, um grupo em oposição ao presidente marcou três atos de repúdio, pelos turnos da manhã, tarde e noite. No evento, os alunos dizem que devem "exercer nosso papel por meio da livre manifestação e reivindicação de direitos, que estão sendo colocado em xeque pelas medidas do governo vigente". Até a última atualização desta matéria, 1,6 mil pessoas haviam confirmado presença e outros 3,8 mil estavam interessados.
Por outro lado, uma ala pró-Bolsonaro marcou um ato para as 13h na Rua da Consolação, também em frente à universidade. "Convidamos todos a participarem de um ato ordeiro e pacífico em apoio e recepção de nosso Presidente em sua visita ao MackGraphe com o Ministro Marcos Pontes", diz o texto. Para esta manifestação havia 331 confirmados e mais de 900 interessados.
Rua Maria Antônia
A Rua Maria Antônia, localizada em frente à Universidade Mackenzie, foi palco de uma batalha entre estudantes durante a ditadura a militar.