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Estado de Minas

Após protestos, Bolsonaro cancela ida a universidade em São Paulo

O presidente Jair Bolsonaro visitaria a Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, na tarde desta quarta-feira


postado em 27/03/2019 12:56

Protesto contra a visita de Bolsonaro pela manhã (foto: Twitter/Reprodução)
Protesto contra a visita de Bolsonaro pela manhã (foto: Twitter/Reprodução)

A previsão de uma visita do presidente Jair Bolsonaro à Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, marcada para a tarde desta quarta-feira (27/3), dividiu os alunos e provocou protestos na instituição de ensino. Novas manifestações — contra e a favor do mandatário — foram programadas também para o período da tarde. O presidente, no entanto, cancelou o compromisso.

No começo do dia, a mobilização foi de estudantes contrários a Bolsonaro, que se reuniram em frente à instituição, na Rua Maria Antônia — local marcado por um conflito estudantil durante a ditadura militar (leia mais abaixo). O ato está previsto para durar até a noite (veja vídeos abaixo).
 
Após os protestos, foi dito que a visita poderia ser cancelada. Ao Correio, no entanto, a assessoria da Presidência afirmou que a visita estva mantida e que não constava na agenda oficial por ter "caráter privado". Cerca de uma hora depois, porém, o cancelamento foi confirmado pela assessoria.

Grafeno

Em 18 de março, Bolsonaro informou sobre a visita que faria à universidade pelo Twitter. "Nos próximos dias, estaremos na Universidade Mackenzie - SP, referência na pesquisa de grafeno no Brasil, juntamente com o Ministro de Ciência e Tecnologia", escreveu no microblog.

Caso o presidente realmente compareça à instiuição deve ser alvo de novos protestos, embora alguns estudantes tenham iniciado a organização de um ato favorável a Bolsonaro.

Nas redes sociais, um grupo em oposição ao presidente marcou três atos de repúdio, pelos turnos da manhã, tarde e noite. No evento, os alunos dizem que devem "exercer nosso papel por meio da livre manifestação e reivindicação de direitos, que estão sendo colocado em xeque pelas medidas do governo vigente". Até a última atualização desta matéria, 1,6 mil pessoas haviam confirmado presença e outros 3,8 mil estavam interessados.
 
Por outro lado, uma ala pró-Bolsonaro marcou um ato para as 13h na Rua da Consolação, também em frente à universidade. "Convidamos todos a participarem de um ato ordeiro e pacífico em apoio e recepção de nosso Presidente em sua visita ao MackGraphe com o Ministro Marcos Pontes", diz o texto. Para esta manifestação havia 331 confirmados e mais de 900 interessados.

Rua Maria Antônia

A Rua Maria Antônia, localizada em frente à Universidade Mackenzie, foi palco de uma batalha entre estudantes durante a ditadura a militar. À época, houve um confronto entre alunos que eram contrários ao regime e aqueles que defendiam os militares. As manifestações desta quarta-feira ocorrem dias após Bolsonaro estimular a celebração do golpe militar de 1964 em quartéis.


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