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Estado de Minas

Zema tem agenda típica de campanha eleitoral e é recebido com críticas

Com o estado no vermelho e em meio a uma crise com o Legislativo, o governador fez um passeio pelas lojas no início da tarde


postado em 27/03/2019 16:09 / atualizado em 27/03/2019 16:31

Zema parou para ouvir um lojista tocar berrante no meio do Mercado(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Zema parou para ouvir um lojista tocar berrante no meio do Mercado (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Às vésperas de completar três meses no comando do estado, o governador  Romeu Zema (Novo) fez nesta quarta-feira (27)  uma visita típica de candidato em campanha eleitoral ao Mercado Central de Belo Horizonte e sua presença causou incômodo. Em meio à situação de crise financeira vivida por Minas, o político foi recebido com críticas e cobranças de quem se espremia para passar enquanto uma comitiva engrossada por assessores e seguranças ocupava os corredores do tradicional ponto comercial e turístico.

Zema se reuniu com a diretoria do Mercado antes de passear pelas lojas e ganhou uma cesta de produtos. O governador também ouviu apresentação do coral lírico da Fundação Clóvis Salgado e cumprimentou os músicos. Com microfone de lapela e acompanhado de fotógrafos e cinegrafistas da equipe do governo percorreu lojas estratégicas.

No trajeto, parou para ouvir um senhor tocar berrante. Assessores levaram até ele uma menina de nove anos com a qual ele tirou foto e disse estar crescida para a idade.

Campanha 


O clima de campanha fora de época, porém, gerou incômodo em alguns. Já no início, um consumidor que levava uma pessoa em uma cadeira de rodas reclamou: "o governador vai dar licença para ela passar?".

Pouco depois Zema foi abordado por uma pessoa que disse que, em vez de ficar” passeando”, o governador deveria se preocupar em pagar os servidores e resolver os problemas financeiros do Estado. "Ele tinha que responder é como ficam os professores, os policiais e os bombeiros, que ele parcelou o 13º salário em 12 vezes. Tinha de dar um jeito nisso e depois vir passear", cobrou Vinicius Pereira, funcionário de uma das lojas.

Outro senhor que preferiu não se identificar também abordou o Zema em uma loja de queijos e disse ao governador que ele precisava resolver os problemas do Estado. Frequentador do mercado, ele disse não entender o motivo da visita e questionou a atitude do governador, que na campanha procurava se distanciar do que chama de velha política. "Já vi muito essa prosopopeia aqui no mercado, não precisa disso e aliás nem parece nada com o discurso dele de novo e diferente dos políticos. Não tem ninguém maquiando ele aí não?", ironizou.

E os aposentados?


Com uma certa dificuldade por causa dos seguranças, a aposentada Sônia de Aguiar também conseguiu se aproximar do governador e pedir pelos inativos na folha do estado. “Sou bibliotecária de grau superior da cultura, ganho R$ 1.266,00 com trintenário, quinquênio, dá R$2.041. Não deixa essa injustiça continuar não, não vai dar nem tempo pra mim e outras, não esqueça dos aposentados por favor”, disse. Zema respondeu que vai fazer o possível e desejou “tudo de bom” para a servidora, mas não procurou saber detalhes da situação.

Durante o percurso, algumas pessoas perguntavam quem era Zema. "Deve ser alguma celebridade", comentou uma lojista.

Sem resposta


Zema parou para falar com a imprensa mas disse apenas que foi ao mercado ouvir a direção e se colocar à disposição para ajudar o ponto turístico. Questionado sobre as críticas durante a visita e sobre a dificuldade de relação com a Assembleia saiu andando.

Nesta terça-feira, a Mesa da Assembleia divulgou nota pública cobrando de Zema responsabilidade e rapidez na solução do impasse com os prefeitos, para os quais o estado deve repasses atrasados de ICMS e IPVA.


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