A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 28, a Operação Pescaria II, que visa desarticular uma associação criminosa que fraudava processos licitatórios em cidades de Pernambuco. A ação conta com apoio da Controladoria-Geral da União.
Cinquenta policiais federais e dois auditores da CGU participam das ações nos municípios pernambucanos de Agrestina, Garanhins, Brejão, Panelas e Jurema. Treze mandados foram expedidos pela 24.ª Vara da Justiça Federal - quatro de prisão preventiva e nove de buscas.
A ação tem relação com os materiais apreendidos durante a primeira fase da operação, deflagrada em 21 de fevereiro.
Segundo as investigações, licitações para construção de unidades básicas de saúde eram fraudadas de maneira a garantir a escolha de uma empresa de fachada pertencente a um dos integrantes do esquema.
Devido à falta de capacidade técnico-operacional do suposto empresário para a obra, o trabalho era executado por um "terceiro desqualificado", também parte da associação, aponta a PF.
Os valores pagos pelos municípios, entre 2015 e 2018, às empresas que são alvo da Operação Pescaria II somam mais de R$ 14 milhões. O prejuízo aos cofres públicos ainda será calculado.
A PF também investiga a ocultação e dissimulação dos recursos envolvidos nas fraudes, "incluindo possíveis ocorrências de lavagem de dinheiro por parte de empresas e pessoas relacionadas aos empreendimentos".
A investigação, que teve início em novembro de 2018, apura os crimes de fraude à licitação, associação criminosa, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro.
As penas podem chegar, somadas, a 46 anos de reclusão, além do pagamento de multas.
POLÍTICA