Predominantemente de preto, representantes de movimentos sociais, sindicatos e grupos ligados aos direitos humanos fizeram um ato na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em repúdio aos 55 anos do golpe militar de 1964 e à orientação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para que a data fosse celebrada nos quartéis de todo o país.
Fotos de pessoas mortas ou torturadas durante o regime militar foram expostas no local. O nome de cada um foi anunciado no microfone e recebeu a resposta "presente" pelos manifestantes. Faixas ainda trouxeram frases contra a ditadura e o governo de Bolsonaro.
"Estamos aqui para reafirmar que o golpe foi golpe, a ditadura foi ditadura. Após a declaração do atual presidente da República, viemos alertar a população que a ditadura não pode voltar e temos que lutar contra a apologia à tortura", afirmou Pedro Martins, produtor cultural e membro do coletivo Censura Nunca Mais, organizador do evento.
Da Praça da Liberdade, os manifestantes farão ainda um ato em frente à antiga sede do Dops, hoje transformado no Memorial da Liberdade, em homenagem às vítimas da ditadura militar.