Palestina – O presidente Jair Bolsonaro respondeu ontem às críticas sobre a possível transferência da embaixada brasileira de Telavive para Jerusalém e a abertura de um escritório de representação comercial na capital israelense.
“Não pretende ter atrito com ninguém no mundo. Temos viagem marcada para a China. Iremos com toda a certeza para algum país no Norte da África no segundo semestre também. Temos que aprofundar negócio com o mundo todo. Agora, Israel tem o seu direito de escolher sua capital. Ponto final. Se o Brasil hoje fosse abrir sua diplomacia com Israel, onde seria a embaixada? Seria aqui, em Jerusalém.
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Foi a primeira vez desde que chegou a Israel para uma visita oficial que ele falou da reforma.
Para ele, é possível que isso ocorra até julho.
MILITARES O presidente não acredita que a proposta da reforma dos militares, que acabou gerando resistência entre os parlamentares, prejudique a tramitação da PEC da Previdência. “Não tem nada a ver. O militar não é Previdência. Sou suspeito para falar porque sou capitão do Exército.
O presidente chegou domingo a Israel para uma visita oficial de quatro dias. Além do Muro, ele vistou a Igreja do Santo Sepulcro, a Unidade de Contra-Terrorismo de Polícia israelense e a Brigada de Resgate e Salvamento do Comando da Frente Interna de Israel, onde entregou a comanda da Ordem Nacional Cruzeiro do Sul para a Brigada, que enviou pessoal para ajudar a resgatar as vítimas do desastre de Brumadinho.
Bolsonaro visitou o Muro das Lamentações acompanhado de Netanyahu. Foi a primeira vez que o premier israelense acompanhou um presidente brasileiro ao local, de acordo com a embaixada brasileira em Israel.
Ao ser questionado porque decidiu ir acompanhado por Netanyahu na visita ao Muro, o presidente disse que foi o primeiro-ministro quem decidiu acompanhá-lo. “Para mim, foi um motivo de honra e satisfação ir com ele no Muro”, disse. Após a visita ao Muro, Bolsonaro e Netanyahu visitaram os túneis subterrâneos da Cidade Antiga de Jerusalém, onde, há menos de um ano, foi construída uma sinagoga na parte em que os judeus consideram mais próxima de onde era o Templo. Em hebraico, Sharey Tshuva, que significa algo como o portão da penitência ou da resignação. O presidente e o premier participaram de breve celebração com um rabino na sinagoga acompanhados dos integrantes da comitiva e de autoridades israelenses..