O deputado federal Júlio César (PSD-PI) disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, ficou em silêncio, o que pareceu concordância, ao ser indagado sobre a retirada das mudanças do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadoria rural da reforma da Previdência. Segundo o parlamentar, excluídos esses pontos, a bancada da sigla deve apoiar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
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Servidores querem barrar a reforma da Previdência na CCJReforma da Previdência ainda emperrada pela base aliadaEntrevista com Onyx Lorenzoni: 'A nova Previdência é o portal da prosperidade'Proposta que isenta quem atira contra invasor é improcedente, afirmam advogados“Mostrou que todas as políticas públicas hoje contribuem ainda mais para aumentar o déficit público da União, dos estados e municípios. E ele fez uma insinuação muito forte que eu gostei muito. Foi a revisão do Pacto Federativo, onde eu dei a sugestão dele voltar à base econômica da CSLL, que é o imposto de renda para as Pessoas Jurídicas para compartilhar entre a União, os estados e os municípios”, afirmou o parlamentar.
Previsão de apoio "muito forte"
Para Júlio César, com isso, o governo terá um apoio “muito forte” dos prefeitos e dos governadores do Brasil.
“Eu acho que o BPC e a aposentadoria rural, por aquele documento que foi encaminhado pelos líderes de 13 ou 14 partidos, aquilo eu acho que já está fora de discussão”, afirmou o parlamentar do PSD. Questionado sobre como Guedes reagiu aos questionamentos dos deputados, Júlio César ressaltou que o ministro ficou em silêncio. “Ele não fala textualmente em concordar. Mas a omissão dele a gente entende que é concordância. Isso foi manifestado, inclusive fazendo referência ao documento assinado pelos líderes”, defendeu.
O deputado pediu ainda para que o texto da reforma da Previdência tramitasse de forma concomitante com a reforma tributária.