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Estado de Minas POLÍTICA

IBGE diz estar à disposição para esclarecimentos após novas críticas de Bolsonaro


postado em 02/04/2019 18:01

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nota em resposta às novas críticas do presidente Jair Bolsonaro à metodologia de cálculo da taxa de desemprego no País. Além de afirmar estar aberto a sugestões, o instituto se colocou publicamente à disposição do presidente e dos cidadãos para sanar eventuais dúvidas sobre o trabalho desempenhado pelo órgão.

Em entrevista à Record TV, o presidente disse que a metodologia usada pelo instituto para aferir a taxa de desemprego "não mede a realidade" e que os índices parecem "feitos para enganar a população".

Na nota, o IBGE declarou que "a metodologia adotada segue as recomendações dos organismos internacionais, em especial a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com o intuito de garantir a comparabilidade com outros países".

"O IBGE mantém um diálogo permanente com os diversos segmentos da sociedade brasileira na busca de um aprimoramento de suas pesquisas. O Instituto está aberto a sugestões e se coloca à disposição do governo e dos cidadãos para esclarecimentos a respeito do seu trabalho", divulgou o instituto, no texto.

As críticas ocorreram poucos dias depois de o IBGE informar um crescimento da taxa de desemprego, que encerrou fevereiro em 12,4%, com 13,1 milhões de pessoas em busca de trabalho. O presidente já tinha atacado o IBGE em outubro de 2018, quando era presidente eleito e classificou como "farsa" a metodologia de cálculo do desemprego.

O Sindicato Nacional dos Servidores do IBGE (Assibge) divulgou nesta terça-feira uma nota lamentando as novas críticas do presidente à instituição e afirmando que "atacar o IBGE não diminui o desemprego".

"Os números do IBGE são obtidos por servidores treinados a partir de critérios objetivos e refletem, apenas, o resultado das decisões políticas e suas consequências para o mercado de trabalho. Portanto, se há algo a ser analisado e criticado é a política econômica dos governos, que nos últimos anos não têm produzido crescimento, produzindo como um de seus resultados o aumento das taxas de desemprego e subemprego", declarou o sindicato.


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