“Financiar a aposentaria do idoso desempregando trabalhadores é, na minha opinião, uma forma perversa de financiar o sistema. É, do ponto de vista social, uma condenação”, afirmou.
Ainda de acordo com o ministro da Economia do governo de Jair Bolsonaro (PSL), o problema ou “bomba” como ele se referiu em alguns momentos, é “incontornável”, principalmente, considerando os impactos nas contas públicas.
Para ela o modelo de redistribuição já está financeiramente condenado e tem que ser atacado, independetemente da “coloração partidária”. A fala é para destacar que independente de governos de esquerda ou de direita a situação deve ser atacada.
Ele defendeu a adoção de um sistema de capitalização individual. No texto encaminhado pelo governo (PEC 6/19), cada futuro trabalhador terá uma conta para depositar suas contribuições para aposentadoria.
Guedes comparou o sistema atual, de repartição simples – os trabalhadores pagam os benefícios dos aposentados –, a um avião sem combustível que se dirige para alto-mar. Ele disse ser apenas um equacionador, que elaborou uma proposta sobre a qual cabe ao Congresso decidir “se colocaremos nossos filhos e netos nesse avião”.
Gasto maior que com educação
Para exemplificar a situação, Guedes disse que o gasto com a Previdência, considerando o ano passado, foi dez vezes maior que o investido em setores como educação.
“Gastamos R$ 700 bilhões ano passado com a Previdência, nosso passado, e R$ 70 bilhões com educação, nosso futuro. Gastamos dez vezes mais com a Previdência do que com nosso futuro”, disse.