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Estado de Minas

Guedes diz a deputados que atual sistema é 'perverso' e problema é 'incontornável'

Ministro da Economia é ouvido nesta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara


postado em 03/04/2019 15:35 / atualizado em 03/04/2019 15:43

(foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputado)
(foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputado)

 O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou o sistema atual da Previdência como “perverso” e afirmou que a condição de jovens pagarem para que os idosos se aposentem como “forma perversa” de financiamento. Na opinião de Guedes, na conjuntura atual milhares de jovens acabam ficando fora do mercado de trabalho para que o sistema seja mantido.

“Financiar a aposentaria do idoso desempregando trabalhadores é, na minha opinião, uma forma perversa de financiar o sistema. É, do ponto de vista social, uma condenação”, afirmou.


Ainda de acordo com o ministro da Economia do governo de Jair Bolsonaro (PSL), o problema ou “bomba” como ele se referiu em alguns momentos, é “incontornável”, principalmente, considerando os impactos nas contas públicas.

Para ela o modelo de redistribuição já está financeiramente condenado e tem que ser atacado, independetemente da “coloração partidária”. A fala é para destacar que independente de governos de esquerda ou de direita a situação deve ser atacada.

Ele defendeu a adoção de um sistema de capitalização individual. No texto encaminhado pelo governo (PEC 6/19), cada futuro trabalhador terá uma conta para depositar suas contribuições para aposentadoria.


Guedes comparou o sistema atual, de repartição simples – os trabalhadores pagam os benefícios dos aposentados –, a um avião sem combustível que se dirige para alto-mar. Ele disse ser apenas um equacionador, que elaborou uma proposta sobre a qual cabe ao Congresso decidir “se colocaremos nossos filhos e netos nesse avião”.


Gasto maior que com educação


Para exemplificar a situação, Guedes disse que o gasto com a Previdência, considerando o ano passado, foi dez vezes maior que o investido em setores como educação.

“Gastamos R$ 700 bilhões ano passado com a Previdência, nosso passado, e R$ 70 bilhões com educação, nosso futuro. Gastamos dez vezes mais com a Previdência do que com nosso futuro”, disse.


Ainda durante sua fala, o ministro disse que as pessoas mais simples serão as mais afetadas, já que as famílias mais abastadas, geralmente, tem recursos poupados ao longo da vida. 


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