O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que ninguém receberá menos do que um salário mínimo com a reforma da Previdência e que isso está previsto na proposta. "Tem muita coisa equivocada em relação à PEC, muita gente não leu e falou coisas que não estão lá", afirmou.
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Guedes diz a deputados que atual sistema é 'perverso' e problema é 'incontornável'Sessão da CCJ da Câmara com ministro Paulo Guedes tem clima tenso e bate-boca Ministro da Economia debate reforma da Previdência na CCJ; acompanhe ao vivo'Vocês estiveram no poder e não tiveram coragem de mudar', diz Paulo Guedes em novo bate-boca na CCJ Em quase três horas, Guedes fica nas mãos da oposição, que concentra perguntas"Na PEC da Previdência, ninguém está recebendo abaixo do mínimo. Se alguém quiser uma antecipação, recebe menos, se não quiser, recebe o mínimo lá na frente. Poder antecipar é opcional, a pessoa do BPC vai decidir se quer pegar com 65 o salário cheio ou antecipar. É algo que vocês vão avaliar", afirmou.
Guedes lembrou que o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também mandou uma proposta de reforma que previa pensões abaixo de 100% e que enfrentar a questão é inevitável. "Governos independentemente de coloração e vontade são forçados a agir para não incorrerem em irresponsabilidade fiscal e não quebrarem a Previdência", completou.
O ministros ressaltou que o texto final é uma decisão do Congresso Nacional e que os deputados podem aceitar ou não a proposta. "Tem a outra, vamos ver. Eu não tenho o voto, vocês têm e precisam tomar providência", completou.
Guedes disse que todos os sistemas de Previdência estão quebrando, incluindo o regime geral, os de Estados e municípios e de servidores públicos e militares. "Todos os regimes estão com déficit, todos indo em direção à explosão.
Guedes voltou defender o regime de capitalização e que é necessário economizar R$ 1 trilhão para viabilizá-lo. Ele disse que os recursos da capitalização ajudam a impulsionar investimentos e que é uma "ilusão" achar que o dinheiro "some". "Embora a reforma da Previdência tenha muito esse foco fiscal, tem também a questão de poupança", acrescentou..