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Estado de Minas

Bolsonaro sobre ministro do Turismo: ''Só com acusação não vale''

Presidente admitiu que pode demitir Marcelo Álvaro Antônio depois do relatório final da Polícia Federal: ''Vamos analisar''


postado em 05/04/2019 10:40 / atualizado em 05/04/2019 11:09

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio(foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta sexta-feira, durante encontro com jornalistas no Palácio do Planalto, as denúncias e a investigação realizada pela Polícia Federal sobre o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. "Só com acusação não vale", disse. O presidente completou: "Uma vez que tiver o relatório final da PF, vamos analisar ", disse. 

A Polícia Federal disse ver indícios de participação de Marcelo Álvaro Antônio no esquema de candidaturas de laranjas do PSL em Minas nas eleições de 2018.  O ministro será investigado por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
 

O esquema


O jornal Folha de S. Paulo publicou uma declaração da professora aposentada Cleuzenir Barbosa, candidata a deputada estadual pelo PSL, em que diz que o partido promoveu um esquema de lavagem de dinheiro público no estado.

De acordo com as declarações de Cleuzenir, Marcelo Álvaro Antônio, então presidente do PSL em Minas, tinha conhecimento das operações e das chamadas "candidaturas laranjas" por parte da legenda, que envolviam recursos do fundo partidário usando candidatas mulheres. 
 
Cleuzenir, porém, diz não ter aceitado participar do esquema. Ela teve apenas 2.097 votos e hoje vive em Portugal. Disse ter deixado o Brasil por temor de retaliações por parte dos aliados de Álvaro Antônio.
 
De acordo com a reportagem da Folha, o PSL de Minas Gerais teve quatro candidatas no ano passado. Todas teriam entrado apenas para cumprir a cota de 30% de candidaturas femininas e o dinheiro público destinado a elas acabou devolvido a assessores, parentes e outras pessoas ligadas ao atual ministro do Turismo. A professora aposentada Cleuzenir teria sofrido pressão para devolver R$ 50 mil dos R$ 60 mil que recebeu do fundo eleitoral do PSL. 


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