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Estado de Minas

Paulo Brant diz que acordo com prefeitos não vai atrapalhar pagamento de servidor

Vice-governador assumiu o governo nesta sexta-feira porque Romeu Zema viajou para os Estados Unidos


postado em 05/04/2019 13:43 / atualizado em 05/04/2019 14:03

Paulo Brant participou da posse do novo presidente do BDMG, Sérgio Gusmão(foto: Jair Amaral / EM / D.A. Press)
Paulo Brant participou da posse do novo presidente do BDMG, Sérgio Gusmão (foto: Jair Amaral / EM / D.A. Press)

O governador em exercício Paulo Brant (NOVO) afirmou nesta sexta-feira (5) que o pagamento dos R$ 7 bilhões devidos a prefeitos mineiros não vai influenciar na possibilidade de acabar com o escalonamento dos salários dos servidores públicos. No primeiro dia que assumiu o lugar do governador Romeu Zema (NOVO), que viajou para os Estados Unidos, ele afirmou que o estado tem outras alternativas, além da aprovação do regime de recuperação fiscal do governo federal, mas não antecipou quais.

No fim de janeiro, Brant havia afirmado em entrevista que o estado teria de fazer uma escolha de Sofia: ou pagaria os prefeitos, ou resolveria a situação dos servidores. “Quando disse ou paga um ou paga outro é porque é uma situação de fato. O governo tem um deficit de mais ou menos R$ 1 bilhão por mês e, como não tem alternativa a curto prazo de aumentar receita, tem que ir escalonando o pagamento. Agora, no médio prazo, dentro de três a quatro meses, a gente está trabalhando várias alternativas para conseguir recursos para acabar com essa situação que é muito desconfortável para todos nós”, disse.

Questionado se o comprometimento do dinheiro com o pagamento das prefeituras poderia gerar atrasos nos salários, Brant afirmou que não. “Isso já estava previsto e foi um acordo bom para o governo que tinha que ser feito, porque esse dinheiro na verdade é dos municípios”.

O governador em exercício não respondeu de onde vai tirar os recursos para pagar os prefeitos, mas garantiu que o regime de recuperação fiscal não é a única opção. “Tem outras alternativas a gente não pode adiantar”, disse.

Nessa quinta-feira, ao assinar o acordo com os municípios, Zema disse que seria “extremamente difícil” honrar com os pagamentos sem a adesão ao programa, que prevê medidas que precisam do aval da Assembleia – como privatizações e mudanças no serviço público – como contrapartidas.

Posse


Paulo Brant participou da posse do novo presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (BDMG), Sérgio Gusmão Suchodolski, na manhã desta sexta-feira. O novo titular afirmou que a instituição terá em breve novos projetos de financiamento, inclusive para prefeitos, mas não adiantou qual a verba disponível.

“Faremos alguns lançamentos em breve. Vou evitar antecipar agora, mas estamos com programas no forno inclusive para os municípios”, disse. Ainda de acordo com Sérgio Gusmão, sua atuação será no sentido de modernizar o banco, investindo sobretudo em novas tecnologias e áreas, como as startups. O foco, segundo ele, será na gestão e na diversificação de produtos.


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