Jornal Estado de Minas

Governo anuncia hoje medidas para evitar greve dos caminhoneiros


Brasília – A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República anunciou, em nota, que vai anunciar hoje as medidas adotadas pelo governo “em resposta às demandas do setor de transporte rodoviário”.

De acordo com o comunicado, serão apresentadas as questões tratadas em reunião interministerial que ocorreu ontem no Palácio do Planalto, na qual se discutiram “soluções estruturantes relativas ao setor de transportes rodoviários”.

O encontro foi convocado depois que o presidente Jair Bolsonaro suspendeu reajuste do diesel programado pela Petrobras, medida que foi mal recebida no mercado financeiro e levou a estatal a perder R$ 32,4 bilhões em valor de mercado.

O encontro reuniu o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, os ministros da Casa Civil (Onyx Lorenzoni), da Economia (Paulo Guedes), da Infraestrutura (Tarcísio Gomes) e de Minas e Energia (Bento Costa). Também participaram do encontro os titulares da Secretaria de Governo (Santos Cruz) e da Secretaria Geral (Floriano Peixoto), além do Diretor Geral da Agência Nacional do Petróleo, Décio Oddone e, por meio de videoconferência, o presidente do BNDES, Joaquim Levy.

Ainda de acordo com o comunicado, está confirmada para hoje reunião com a presença de ministros e técnicos “que terá a finalidade de prestar esclarecimentos ao senhor presidente da República sobre a estrutura de produção, distribuição e revenda de combustíveis”, informou a secretaria de comunicação.

“Livre”

Após sair da reunião interministerial no Planalto
, o presidente da Petrobras afirmou que a estatal é “livre” e “tem vida própria”. Ele negou intervencionismo do presidente da República, Jair Bolsonaro, na decisão de recuar no reajuste do preço do óleo diesel.

“A decisão foi tomada pela Petrobras”. Segundo ele, Bolsonaro “alertou para os riscos”. A fala de Castello Branco se dá em um contexto em que o próprio Bolsonaro admitiu ter ligado ao presidente da estatal para falar do reajuste de 5,7% que seria feito no preço do óleo diesel na última sexta-feira e que acabou não ocorrendo.

Depois do episódio, a Petrobras perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado.

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