Jornal Estado de Minas

Governo anuncia R$ 2 bi para estradas e R$ 500 mi em crédito para evitar greve dos caminhoneiros


O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou na manhã desta terça-feira medidas para evitar a greve dos caminhoneiros.  Entre as ações anunciadas estão uma linha de crédito de R$ 500 milhões e outros R$ 2 bilhões para conclusão e manutenção de rodovias. Entre as rodovias contempladas está a BR-381, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares. O governo, no entanto, não deu detalhes de quanto virá para a BR, conhecida como Rodovia da Morte.  

A linha de crédito, conforme o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será disponibilizada pelo BNDES, para  empréstimos de até R$ 30 mil  a caminhoneiros autônomos - proprietários de até dois caminhões-,  e cujas regras e benefícios, segundo o ministro, estão sendo alinhavadas pelo banco.

Segundo Lorenzoni, a linha de crédito será para compra de pneus e manutenção dos caminhões.

O ministro disse que a linha de crédito começará a ser liberada pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. "Depois para os demais brancos e cooperativas de crédito pelo Brasil", afirmou o ministro, sem dar data de quando o crédito será liberado.

Obras em estradas


O ministro de Infraestrutura,  Tarcísio  Gomes,  anunciou, além de R$ 2 bilhões para conclusão e manutenção de rodovias,  a construção de postos de paradas para os caminhoneiros - com local para dormitório e banheiros-, e  também assistência médica por meio de convênios com o Sesc/Senac.

Segundo o ministro, nas novas concessões públicas de exploração das rodovias serão incluídas esse iten obrigatório para as empresas ganhadoras das licitações.

Gomes  informou também que estão ''sendo desenhadas''  as regras para a implantação de um cartão combustível, que garanta ao caminhoneiros preço do diesel em sintonia com o reajuste do frete.

Reajuste do diesel


Perguntado sobre o reajuste do diesel, Lorenzoni disse que o assunto será discutido na tarde de hoje, no Palácio do Planalto, em reunião entre o presidente, ministros da área econômica e o presidente da Petrobras, Joaquim Levy.

Lorezoni adiantou, no entanto, que a Petrobras tem autonomia e liberdade para "exercitar o ajuste que é necessário para a política de combustível".

Na semana  passada,  Bolsonaro determinou a suspensão do reajuste de 5,7% no preço do diesel (o litro passaria de R$ 2,1432 para R$ 2,2662), anunciado pela Petrobras, que passaria a ser cobrado na sexta-feira (12).

Na quinta-feira (11), a Petrobras anunciou um aumento de 5,7% no preço do diesel, 15 dias após o último ajuste.

A decisão do presidente teve repercussão na Bolsa de Valores, com queda no valor  da estatal de US$ 8 bilhões, ou seja, quase R$ 32 bilhões..