O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou na manhã desta terça-feira medidas para evitar a greve dos caminhoneiros. Entre as ações anunciadas estão uma linha de crédito de R$ 500 milhões e outros R$ 2 bilhões para conclusão e manutenção de rodovias. Entre as rodovias contempladas está a BR-381, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares. O governo, no entanto, não deu detalhes de quanto virá para a BR, conhecida como Rodovia da Morte.
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Temor de greve leva Bolsonaro a atender pedidos dos caminhoneirosPressão de caminhoneiros faz governo Bolsonaro segurar preço do diesel Governo anuncia verba insuficiente para a BR-381, a Rodovia da MorteEstradas ruins e pedágios baratos atrapalham planos do governoUm ano depois, caminhoneiros avaliam que greve teve pouco efeitoReajuste divide caminhoneiros e parte da categoria ameaça greveCaminhoneiros desdenham de propostas do governo e já falam em greveNo WhatsApp, caminhoneiros insatisfeitos com pacote já falam em greve em maioSegundo Lorenzoni, a linha de crédito será para compra de pneus e manutenção dos caminhões.
O ministro disse que a linha de crédito começará a ser liberada pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. "Depois para os demais brancos e cooperativas de crédito pelo Brasil", afirmou o ministro, sem dar data de quando o crédito será liberado.
Obras em estradas
O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes, anunciou, além de R$ 2 bilhões para conclusão e manutenção de rodovias, a construção de postos de paradas para os caminhoneiros - com local para dormitório e banheiros-, e também assistência médica por meio de convênios com o Sesc/Senac.
Segundo o ministro, nas novas concessões públicas de exploração das rodovias serão incluídas esse iten obrigatório para as empresas ganhadoras das licitações.
Gomes informou também que estão ''sendo desenhadas'' as regras para a implantação de um cartão combustível, que garanta ao caminhoneiros preço do diesel em sintonia com o reajuste do frete.
Reajuste do diesel
Perguntado sobre o reajuste do diesel, Lorenzoni disse que o assunto será discutido na tarde de hoje, no Palácio do Planalto, em reunião entre o presidente, ministros da área econômica e o presidente da Petrobras, Joaquim Levy.
Lorezoni adiantou, no entanto, que a Petrobras tem autonomia e liberdade para "exercitar o ajuste que é necessário para a política de combustível".
Na semana passada, Bolsonaro determinou a suspensão do reajuste de 5,7% no preço do diesel (o litro passaria de R$ 2,1432 para R$ 2,2662), anunciado pela Petrobras, que passaria a ser cobrado na sexta-feira (12).
Na quinta-feira (11), a Petrobras anunciou um aumento de 5,7% no preço do diesel, 15 dias após o último ajuste.
A decisão do presidente teve repercussão na Bolsa de Valores, com queda no valor da estatal de US$ 8 bilhões, ou seja, quase R$ 32 bilhões..