As medidas anunciadas pelo governo para solucionar a vida dos caminhoneiros não colou com a categoria. Para eles, medidas como a liberação de linhas de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a construção de pontos de parada e de descanso nas rodovias em regime de concessão, obras em estradas e até a fiscalização do piso mínimo de frete não convenceram. Em grupos de WhatsApp, alguns já falam em promover uma greve. Os mais indignados comentam em uma nova paralisação, como em 2018, sugerindo a obstrução de rodovias. Os mais radicais falam em greve em 21 de maio.
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Governo nega que tenha se tornado 'refém' dos caminhoneirosGoverno anuncia R$ 2 bi para estradas e R$ 500 mi em crédito para evitar greve dos caminhoneirosPelo WhatsApp, caminhoneiros preparam protesto Um ano depois, caminhoneiros avaliam que greve teve pouco efeitoGoverno anuncia verba insuficiente para a BR-381, a Rodovia da MorteO Blog obteve acesso a protestos de caminhoneiros em dois grupos de WhatsApp. O Comando Nacional do Transporte, que conta com 188 participantes de norte a sul do país, e a Transporte Rodoviário de Carga (TRC), que tem 197 membros. São vários líderes dentro dos dois grupos que, por sua vez, representam outros transportadores autônomos nas respectivas regiões ou nos estados.
Dois grupos
O processo de paralisação é definido basicamente nesses dois grupos atualmente, onde estão as principais lideranças. A possibilidade real de greve ainda não existe. Por ora, o que tem são murmúrios, pondera o caminhoneiro Ivar Schmidt, líder do Comando Nacional de Transporte. Entretanto, admite que, após as medidas anunciadas pelo governo, uma nova greve pode ocorrer este ano.“Não irei incentivar jamais, mas, enquanto não houver o cumprimento da fiscalização da jornada de trabalho, paralisações podem ser deflagradas a qualquer momento, por qualquer motivo”, ponderou. A argumentação do governo para cumprir com a jornada de trabalho da categoria, de 8h mais 2h extras diárias, não convence a categoria.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que serão construídos pontos de parada e descanso nas rodovias concedidas.
Justificativa
As lideranças evitam falar em greve, mas a leitura dos líderes é que está mais difícil conter os ânimos. “A paralisação tem efeito dominó. Basta um autônomo tomar a iniciativa em uma região e aí é questão de horas ela se alastrar em todo o país. Não tem data nem horário para começar, nem terminar. Sou totalmente contra uma nova greve, mas é o desenho que vejo hoje nos grupos por medidas erradas do governo e a falta de representatividade certa da categoria”, advertiu Cadore.
Qualidade
Outro diz que é preciso parar as grandes transportadoras. “Temos que saber a força que nós temos e fazer eles parar na marra.