Jornal Estado de Minas

João Vitor Xavier deixa PSDB por divergências ideológicas


 

O deputado estadual João Vitor Xavier (sem partido) deixou oficialmente ontem o PSDB. A saída foi homologada pelo partido, mas não se trata de expulsão e sim de “uma saída respeitosa”, como disse o parlamentar. Segundo ele, as divergências ideológicas vinham ficando numerosas e a opção mais sadia foi a liberação. “Foi o PSDB que liberou minha saída. Não existe briga, existe um entendimento”, afirmou. O deputado está em conversas com outras siglas, mas ainda não definiu para onde seguirá. 


João Vítor contou que já não estava à vontade dentro da legenda e que a postura em Minas de atuar na liderança na Assembleia, condição apontada por ele como “equivocada”, teria sido a gota d'água. “Aqui em Minas a decisão de assumir a liderança do governo Zema. Não sou contra o partido colaborar no que for preciso.
Mas colaborar é diferente de assumir liderança de um governo que derrotou o partido nas eleições”, afirmou. 


No último pleito Romeu Zema (Novo) derrotou o senador Antônio Anastasia (PSDB). O empresário teve 71,8% dos votos dos mineiros (6.963.914) contra 28,2% (2.734.535) do candidato Antonio Anastasia (PSDB).

Zema escolheu o deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB) como o líder do governo na Assembleia. Ele também tinha ocupado o posto no governo de Anastasia em 2014.


O deputado estadual considera que os dois projetos que estavam na disputa eram bastante distintos e durante a campanha ocorreram duras críticas de ambos os lados. “É incompreensível o PSDB liderar um projeto que não idealizou”, declarou. Contudo, o ex-tucano ressalta que não têm problemas com o governador, trata-se apenas de “rota diferente”.


Sobre o futuro, João Vítor ponderou que está analisando, junto ao seu grupo político, qual a melhor opção entre as legendas que o convidaram para fazer parte dos quadros.

Contudo, não quis adiantar se alguma delas tem sua preferência.


A possível disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) está sendo considerada, mas não é o ponto principal que vai contar na definição. “A questão de BH é muito importante. E a cidade onde tenho minha construção política. Participarei do processo na próxima eleição, seja como candidato ou como apoiador. Mas quanto a escolha (do partido) isso não é o único fator”, analisou. 
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