A maioria dos brasileiros concorda com a decisão do governo de Jair Bolsonaro (PSL) de acabar com o horário de verão este ano. A pesquisa de opinião pública do Paraná Pesquisas apontou que 65,7% dos brasileiros são a favor do cancelamento da mudança do fuso horário entre outubro e fevereiro. Apenas 31,1% discorda e 3,2% não sabe ou não respondeu.
Fim do horário de verão
Concorda 65,7%
Discorda 31,1%
Não sabe ou não respondeu 3,2%
A suspensão do horário de verão este ano foi anunciada pela Presidência da República no início do mês. Segundo o levantamente, 63,1% da população não gosta do período em que se adianta o relógio em uma hora. Já a parcela de 32,2% gosta e 4,7% não sabe ou não respondeu.
A pesquisa entrevistou 2.020 brasileiros em 164 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal, entre 14 e 17 de abril. O grau de confiança da pesquisa é de 95%. A margem de erro varia entre 3,5% para a Região Sudeste, que concentra o número de entrevistas, até 6%, no Sul do país, com menor número de entrevistados.
Sem economia
A decisão de Bolsonaro em acabar com o horário de verão este ano foi baseada em um parecer do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que aponta pouca efetividade na economia energética.
No ano passado, estudos da Secretaria de Energia Elétrica (SEE), do Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apontaram que a medida não tem sido eficiente na economia de energia, já que os resultados alcançados foram próximos à “neutralidade”.
88 anos de horário de verão
O horário de verão foi criado em 1931 com o intuito de economizar energia, a partir do aproveitamento de luz solar no período mais quente do ano, e tem sido aplicado no país, sem interrupção, ao longo dos últimos últimos 35 anos.
Normalmente, o horário de verão ocorre entre outubro e fevereiro, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora.
O novo fuso horário vigora nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. No ano passado, ele começou em novembro, por causa da apuração das urnas nas eleições de 2018.