O ministro-relator da Lava-Jato no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fisher, acolheu, nesta terça-feira, parcialmente o recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Lula e reduziu a pena. Ele afastou a tese de que não existiria prova contra o petista no caso do triplex no Guarujá, mas votou para que a pena caia para oito anos, 10 meses e 20 dias. A pena está fixada em 12 anos e um mês, determinada pelo Tribunal Regional Federal da 4º Região (TRF-4).
No recurso apresentado ao STJ, a defesa de Lula pede a anulação da condenação do petista no caso do triplex do Guarujá, razão pela qual o ex-presidente cumpre pena em um prédio da Polícia Federal do Paraná desde 7 de abril do ano passado.
O argumento da defesa é que Lula não poderia ter sido julgado pelo então juiz federal Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, uma vez que, no entendimento dos advogados, o órgão competente para julgar o caso seria a Justiça Eleitoral.
A tese dos advogados do ex-presidente se ampara em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada no mês passado, de que crimes como corrupção e lavagem de dinheiro devem ser julgados na Justiça Eleitoral se estiverem relacionados a caixa 2 de campanha.