Em pronunciamento de dois minutos em rede nacional, na noite desta quarta-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), voltou a manifestar seu apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras do sistema previdenciário. Essa foi a primeira vez que o presidente deixou as redes sociais e agradeceu os parlamentares em emissoras de televisão e rádio.
No discurso, o presidente se limitou a agradecer os parlamentares que votaram à favor da reforma na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal e argumentou sobre a importância da aprovação da reforma.
Nessa terça-feira, os parlamentares aprovaram o relatório do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) quanto à constitucionalidade da Reforma da Previdência. O texto foi aprovado por 48 votos a 18.
que ceder em quatro pontos do texto formulado pela equipe econômica do governo. Entre eles, está o fim do pagamento da multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do recolhimento do fundo do trabalhador já aposentado que voltar ao mercado de trabalho.
Apesar do placar confortável, a base do governo não teve jogo fácil durante as discussões da reforma na comissão. Para conseguir a aprovação, o relator teve “Agradeço o empenho e trabalho da maioria dos integrantes da comissão e o comprometimento do presidente (da Câmara Federal) Rodrigo Maia (DEM)”, disse Bolsonaro.
Maia é considerado peça fundamental na articulação no parlamento para aprovação da Câmara. No mês passado os presidentes dos dois poderes chegaram a trocar farpas, o que ocasionou derrotas para o Governo Federal.
Após o agradecimento, Bolsonaro defendeu a aprovação da PEC na Comissão Especial que analisará os pontos da reforma. “O governo continua a contar com o espírito patriota dos parlamentares para aprovação da reforma”, reforçou.
De acordo com o presidente, a aprovação das mudanças é fundamental para garantir o futuro do sistema previdenciário. “É muito importante lembrar que, se nada for feito, o país não terá recursos para garantir a aposentadoria de todos os brasileiros. Sem mudança, o governo não terá condições de investir nas áreas mais importantes para as famílias, como saúde, educação e segurança.”
Além disso, Bolsonaro atrelou a retomada do crescimento do país à aprovação da reforma. Temos certeza de que a nova previdência vai fazer o Brasil retomar o crescimento, gerar empregos e, principalmente, reduzir a desigualdade social, porque com a reforma os mais pobres pagarão menos. O Brasil tem pressa”, finalizou.
Aprovação
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira aponta que 35% dos brasileiros consideram ótimo ou bom o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Por outro lado, 27% dos entrevistados reprovam a atual administração, considerada ruim ou péssima. Para 31%, a gestão do presidente é regular.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa