Para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, filmar professores em sala de aula é um direito dos alunos. Ele disse que ainda irá analisar o conteúdo dos vídeos compartilhados nas redes sociais neste domingo, 28, pelo presidente Jair Bolsonaro e por seu filho, Carlos, para saber se alguma irregularidade foi cometida pelos educadores.
"Não incentivo ninguém a filmar uma conversa na rua, mas elas têm direito de filmar. Isso é liberdade individual de cada um. Vou olhar os casos com calma. Não faremos nada de supetão", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo, lembrando que, como professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) sempre deixou que seus alunos gravassem as aulas e fotografassem a lousa.
Leia Mais
'Daqui para frente é vida nova', diz Onyx sobre a relação entre Bolsonaro e MaiaBolsonaro nega que Moro escolherá quem será o próximo procurador da RepúblicaEduardo Bolsonaro atua como chanceler paraleloBolsonaro almoça com filhos em Brasília para comemorar aniversário de Flávio"Pelo que me foi descrito, o dinheiro do contribuinte não estava sendo gasto da melhor forma.
Bolsonaro compartilhou no Twitter na manhã deste domingo um vídeo com a legenda "professor tem que ensinar e não doutrinar". Ele mostra uma aluna questionando uma professora sobre críticas que teriam sido feitas por ela ao governo, ao projeto "Escola sem Partido" e ao guru bolsonarista, Olavo de Carvalho.
Minutos depois, Carlos compartilhou na mesma rede social um vídeo no qual um professor discutia com um aluno, gritava, e falava mal de Bolsonaro. Carlos publicou o vídeo com a legenda "Gravar/filmar aulas é ato de legítima defesa contra os predadores ideológicos disfarçados de professores".
O ministro afirmou que os professores não devem ficar "apavorados" e que têm liberdade para tecer comentários fora do horário da aula. "Claro que ele pode fazer comentários e pode ter sua opinião. Se ele fala qualquer coisa no intervalo, está no direito dele. Se a aula foi boa, o aluno aprendeu, não temos nada com isso", disse..