O governador Romeu Zema (Novo) reconheceu nesta quinta-feira (2) que o pagamento de jetons aos secretários de estado é uma prática incorreta e que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) acertou ao criar uma emenda que proibiu o benefício.
Em encontro com jornalistas na Cidade Administrativa, Zema ressaltou que é preciso abrir uma discussão com a ALMG para buscar uma forma de remuneração justa para os secretários de estado.
O valor recebido atualmente gira em torno de R$ 8,5 mil líquidos, considerado baixo em comparação com salários que eles poderiam receber na iniciativa privada.
O pagamento de jetons foi muito criticado pelo governador Zema durante a campanha eleitoral. Ele citou os benefícios como penduricalhos que oneram os cofres públicos. Algumas cadeiras em conselhos de empresas estatais rendem um montante extra de até R$ 16 mil mensais para os secretários.
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Assembleia
Em sessão da Assembleia nesta quinta-feira, deputados também avaliaram que o valor pago aos secretários é injusto em se tratando de cargos com alto nível de responsabilidade.
“Realmente um salário de R$ 10 mil é pouco para um secretário de estado. Concordo que é necessário um valor digno do cargo. Mas durante a campanha Zema fez uma verdadeira pregação falando que isso era imoral e que iria fazer diferente”, afirmou o deputado Sargento Rodrigues (PTB).
O deputado João Vitor Xavier (Sem partido) também questionou a prática que vinha sendo adotada pelo governo de Minas. “Estamos vendo a pura hipocrisia. O governador tem que assumir as bandeiras que defendeu na campanha”, afirmou.
Já o deputado Virgilio Guimarães (PT) defendeu o pagamento de jetons aos secretários que participam de conselhos de suas áreas de atuação e cobrou humildade do governador para discutir uma regulamentação sobre os jetons com a Assembleia.
“Considero lícito que o secretário participe dos conselhos e ganhe por isso. Mas votei a favor da emenda. Se o governador tiver humildade de apresentar um veto e uma regulamentação sobre isso, pode ser uma discussão válida no Legislativo”, disse o petista. .