Em meio a discussões sobre a reforma da Previdência no Congresso, o governo continua recebendo críticas por não publicar os microdados relativos ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Instituições que representam os trabalhadores reclamam que ainda não há uma avaliação atuarial do impacto da proposta para a iniciativa privada nem para militares, apenas para os servidores civis. No site dedicado à transparência da reforma, só há informações referentes ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).
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Bolsonaro fala de Previdência em participação no Programa Silvio Santos Reforma da Previdência caminha a passos lentos na CâmaraCentrão busca desidratar nova Previdência e impedir reeleição de BolsonaroGoverno negocia para reduzir número de emendas à PEC da PrevidênciaO sistema usado, segundo o secretário, é “muito completo”: conta com mais de 2 mil abas, com uma série de variáveis, e está à disposição da sociedade. “Trabalhamos com todos os benefícios, com corte populacional e série histórica de receitas e de despesas. É bastante completo, mas não é de microdados”, explicou.
Rolim comentou o assunto, ontem, após a ida do presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), Floriano Martins, ao Ministério da Economia. Ele disse ter saído de lá “frustrado”. “Não vamos ferir o sigilo de ninguém, mas não tem como fazer cálculos sem os dados.
“Futuro próximo”
Segundo Rolim, há mais previsibilidade no caso dos regimes próprios. No RGPS, a situação é mais complexa. “A volatilidade é maior, e os dados de longo prazo não são tão confiáveis”, comentou. Ele lembrou que o governo nunca teve esse tipo de informação. A proposta de reforma do então presidente Michel Temer, por exemplo, não foi acompanhada por microdados do RGPS.
“Isso nunca foi feito. E ninguém nunca abriu os dados como a gente está abrindo, para dar transparência”, defendeu Rolim.
Militares
Já os dados referentes aos militares só podem ser conseguidos com o Ministério da Defesa. “A gente não tem, porque não é atribuição nossa. São dados sensíveis, até do ponto de vista de segurança”, pontuou Rolim. Mas, segundo ele, isso pode mudar, caso a reforma seja aprovada como o governo a enviou. O texto prevê a criação de um cadastro nacional de todos os servidores, “inclusive militares”, ressaltou. O sistema só terá informações que “realmente são necessárias”, para poder verificar acumulações indevidas, por exemplo.
“Não vamos ferir o sigilo de ninguém, mas não tem como fazer cálculos sem os dados (…).
Floriano Martins, presidente da Anfip.