A negociação conduzida por aliados do presidente Jair Bolsonaro para transferir a entrega do prêmio 'Person of the Year' de Nova York para Dallas, no Estado norte-americano do Texas, corresponde a "um rebaixamento, um desprestígio", na avaliação de Maurício Santoro, professor de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
A possibilidade de mudança da localidade da premiação, cuja entrega pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos estava prevista para acontecer em 14 de maio, ocorre depois do anúncio do governo brasileiro na última sexta-feira, 3, de que sua viagem aos Estados Unidos seria cancelada. A decisão ocorreu na esteira das críticas feitas a Bolsonaro pelo prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio.
"O cancelamento da viagem já vem tendo um pacto negativo, com investidores estrangeiros estando mais cautelosos neste período; mesmo aquele boom das primeiras semanas do ano foi muito mais causado pelos investidores brasileiros, internamente", declara o professor.
Desta forma, o acontecimento impressiona o professor pela "raridade" de um cancelamento nesses termos no histórico da política externa brasileira com os Estados Unidos e pela "força da reação do mundo corporativo", como a decisão da companhia aérea Delta e da consultoria Brain & Company de deixar de patrocinar o evento.
O professor avalia que o Brasil poderia se beneficiar do atual momento global, mas considera que as rusgas entre o presidente e o prefeito de Nova York criam um impacto negativo sobre investidores que olham com cautela para o Brasil. "O governo brasileiro deveria ter uma visão com mais nuances sobre os Estados Unidos", afirmou.
A possibilidade de mudança da localidade da premiação, cuja entrega pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos estava prevista para acontecer em 14 de maio, ocorre depois do anúncio do governo brasileiro na última sexta-feira, 3, de que sua viagem aos Estados Unidos seria cancelada. A decisão ocorreu na esteira das críticas feitas a Bolsonaro pelo prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio.
"O cancelamento da viagem já vem tendo um pacto negativo, com investidores estrangeiros estando mais cautelosos neste período; mesmo aquele boom das primeiras semanas do ano foi muito mais causado pelos investidores brasileiros, internamente", declara o professor.
Desta forma, o acontecimento impressiona o professor pela "raridade" de um cancelamento nesses termos no histórico da política externa brasileira com os Estados Unidos e pela "força da reação do mundo corporativo", como a decisão da companhia aérea Delta e da consultoria Brain & Company de deixar de patrocinar o evento.
O professor avalia que o Brasil poderia se beneficiar do atual momento global, mas considera que as rusgas entre o presidente e o prefeito de Nova York criam um impacto negativo sobre investidores que olham com cautela para o Brasil. "O governo brasileiro deveria ter uma visão com mais nuances sobre os Estados Unidos", afirmou.