O prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kali (PSD) afirmou nesta quarta-feira (8) que vai deixar o caixa da administração municipal gordo, como diz ter feito com o clube esportivo que presidiu. Ao lançar um programa de geração de emprego no Salão Nobre da PBH, ele respondeu a críticas de vereadores e disse ainda que, se for candidato à reeleição, espera ser avaliado por todo o período que governou e não pelos meses finais.
A fala sobre as finanças foi em resposta ao seu antigo aliado, vereador Gabriel Azevedo (PHS), que usou as redes sociais para dizer que Kalil estaria engordando o cofre da prefeitura para fazer caixa para a campanha eleitoral.
“A caixa da prefeitura realmente é muito gordinha, porque isso aqui é feito com responsabilidade. Como larguei a caixa gordinha no Atlético, vou largar a caixa gorda aqui também para o próximo prefeito, porque administrar com seriedade é fazer caixa gordo”, afirmou o prefeito.
Kalil disse que vai assinar na sexta-feira um contrato de R$ 180 milhões para obras de recapeamento em BH e que vai continuar com as ações e projetos. Também falou das ações que tem feito para enfrentar a epidemia de dengue, com o apoio do governo do estado e do Exército, e que não quer dar cartaz para o vereador que chamou de “projeto zero”.
“Aqui dinheiro é tratado com seriedade, não vai ter isso (caixa eleitoral). Na hora que chegar a eleição, caso eu seja candidato, o povo vai avaliar o que foi feito em quatro anos e não em dois, três ou 8 meses. Esse tempo no Brasil já passou”, disse.
O prefeito também rebateu a crítica de alguns vereadores, que reclamam recentemente pelas redes sociais a ausência de secretários municipais na Câmara. Kalil disse que os secretários trabalham de oito a 10 horas por dia e comparecem com suas equipes quando há convocações sobre assuntos relevantes. O prefeito deu como exemplo um pedido feito pela oposição e disse que o plano diretor foi discutido com a Casa.
Também afirmou que os parlamentares costumam ser recebidos em reuniões pelos secretários. “Só não vamos dar holofote para quem não quer fazer nada para a cidade”, disse, afirmando se referir a uns dois ou três parlamentares, mas sem lhes dar nomes.