O ex-presidente Michel Temer quer a companhia de jornais em sua prisão na Polícia Federal em São Paulo. A seu advogado, o criminalista Eduardo Carnelós, que o visitou nesta sexta-feira, 10, Temer pediu jornais, já providenciados. Na quinta-feira, 9, quando entregou-se à PF, Temer levou livros na bagagem.
Leia Mais
Rawlings diz que respeita brasileiros e que não atuará contra visita de BolsonaroAdvogado de Temer vê pressão contra magistrados por concessões de habeas corpusCoronel Lima também pede liberdade ao STJ"A sala onde ele está hoje é uma sala de reuniões, tem uma mesa enorme de reuniões e tinham colocado uma cama de solteiro encostada num canto, sem um banheiro de ventilação", descreveu o advogado.
Segundo Carnelós, "a ventilação artificial, a janela está fechada até para manter a privacidade, então a janela é fechada, cortinas e tudo".
"Este é um outro problema, é ar condicionado. O problema é exatamente este. Aqui as instalações não são apropriadas até porque são áreas de circulação de outras pessoas.
O advogado disse que a PF "está montando uma outra sala, no outro andar, mas de qualquer forma, tirando alguma coisa que funcionava ali para poder alojar o ex-presidente".
À saída da PF, depois de passar cerca de 3 horas e meia com Temer, o criminalista disse. "Eu deixei o presidente lá, estavam fazendo a transferência da cama, do frigobar para essa outra sala que não cheguei nem a ver. Porque ainda estava sendo montada. Aí chegou a refeição do presidente, ele ia comer e nós o deixamos lá para poder comer."
A nova acomodação contaria com um banheiro. "Foi o que me disseram", disse Carnelós. "Eu não fui ver, eu não fui visitar a sala, porque como eles ainda estavam fazendo adaptação ficava um pouco ruim operacionalmente se eu fosse lá para ver. Estavam fazendo essa adaptação, mas o que me disseram é que é uma sala que tem banheiro.
Carnelós esclareceu que "não se trata de privilégio" para Temer. "Isso não é só porque é um ex-presidente, eu quero deixar claro que não estamos falando de privilégio, estamos falando de assegurar aquilo que deve ser assegurado, em termos de privacidade, de preservação de intimidade para qualquer pessoa presa. Isso não é só porque ele é ex-presidente.".