Na véspera de uma paralisação dos trabalhadores de educação contra cortes no orçamento das universidades federais, parlamentares da base do governo e o Palácio do Planalto soltaram informações contraditórias sobre como o governo deve agir com relação ao tema.
Leia Mais
Onyx diz que governo tem 'confiança' em Flávio BolsonaroPGR quer impedir invasão a aplicativos de mensagem de procuradores da Lava Jato
Pouco depois, no entanto, tanto o Ministério da Educação (MEC) quanto a Casa Civil desmentiram, por meio de nota, o que os parlamentares diziam. "Não procede a informação de que haverá cancelamento do contingenciamento no MEC. O governo está controlando as contas públicas de maneira responsável", afirmava o texto divulgado pelo governo.
Já a pasta chefiada por Paulo Guedes divulgou outro texto: "O Ministério da Economia esclarece que não houve nenhum pedido por parte da Presidência da República para que seja revisto contingenciamento de qualquer ministério".
A oposição aproveitou as informações desencontradas para criticar novamente o governo. "Temos notícias desencontradas de que teria havido um recuo do presidente em relação a esses cortes. Ninguém sabe ao certo em que acreditar, em qual tuíte, em qual telefonema. O fato é que mesmo esse recuo é insatisfatório. Amanhã nós estaremos na rua", afirmou a deputada Margarida Salomão (PT-MG).
Ministro convocado
Pouco antes, a Câmara havia imposto mais uma derrota ao governo e aprovado a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao plenário, nesta quarta-feira (15/5).
A visita foi marcada para o mesmo dia em que ocorrem as manifestações nacionais contra os cortes de verbas para universidades públicas e institutos federais, medida que ele precisará explicar aos deputados.
.