Em comissão geral no Plenário, o líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), chamou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, de “covarde” e disse que ele “disputa o título de pior ministro da Educação”.
“Não falou sobre cortes, não justificou os critérios e não tem coragem de dizer o que ele e o presidente Bolsonaro pensam: que a universidade não é lugar do filho da classe trabalhadora”, declarou o líder. Segundo ele, os governos petistas promoveram a expansão e a inclusão do ensino superior.
Por sua vez, o líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO), rebateu as críticas. “O ministro tem a coragem de expor o que a esquerda fez no passado, que destruiu a educação no Brasil”, sustentou.
Ele afirmou que os indicadores brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) caíram inclusive nos governos Lula e Dilma. Disse ainda que a aprovação das reformas da Previdência e tributária vão dar condições para se aumentar os investimentos em educação.
Ideologia
Para o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), as universidades têm sido utilizadas para “balbúrdia” ao mostrar fotos de festas com “satanismo”, entre outras denúncias. O deputado Alexandre Frota (PSL-SP) lembrou que houve cortes no governo Dilma e apontou que a “esquerda tenta desvirtuar o foco do problema, que é a corrupção dos últimos 13 anos”.
O líder do PSL, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), informou que conversou com o presidente Bolsonaro, que “teria agradecido aos partidos de centro” pela convocação do ministro da Educação. Ele criticou ainda as manifestações contra os cortes: “As universidades estão paradas. Estão de folga? É feriado?”.
Já a líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse que o ministro da Educação apresentou uma exposição “cínica”. “O argumento para esse desastre não foi dificuldade financeira, mas foi cortar de três universidades que tinham balbúrdia. Argumento ideológico de perseguição das instiuições”, destacou.
Ela chamou de “fake news” fotos apresentadas por deputados do PSL – as imagens retratariam, conforme os governistas, festas ocorridas em universidades públicas – e criticou a vinculação do dinheiro da educação à aprovação da reforma da Previdência.
Com Agência Câmara