O ministro da Educação, Abraham Weintraub, se exaltou durante a sabatina a que está sendo submetido na tarde desta quarta-feira, 15, no plenário da Câmara dos Deputados. Depois de ser interpelado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB), que o questionou sobre supostas declarações de que comunistas merecem "tomar bala na cabeça", Weintraub disse não ter "ódio no coração" e disse odiar "o pecado e não o pecador".
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Frota diz que outros governos tiraram dinheiro das instituições 'como em nenhuma outra parte do planeta'Manifestações impulsionam 'Lula Livre' e 'Fora Bolsonaro' no TwitterEm debate com ministro, líderes enfatizam questão ideológica e corte de universidadesMinistro da Educação volta a dizer que se for preciso polícia deve entrar em universidadesSaiba como Janaina Paschoal, Kim Kataguiri e outros nomes da direita viraram ''comunistas''Deputada Tabata Amaral processará ministro da Educação por danos moraisGovernos de Dilma e Temer também cortaram verbas da educaçãoO ministro também acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de estar por trás do pedido que resultou na demissão de uma analista do Santander, que distribuiu nota apontando que a reeleição da então presidente Dilma Rousseff resultaria em uma piora na economia.
"Quem ligou para o dono do Santander na Espanha, para pedir a cabeça de uma bancária colega minha porque ela ousou falar que se a Dilma fosse reeleita a bolsa ia cair e o dólar ia subir, foi o Lula", disse Weintraub, subindo o tom de voz.
O ministro apontou governos anteriores como responsáveis pelo contingenciamento de recursos anunciados agora sob Bolsonaro. Já a atual administração federal, de acordo com o ministro, está empenhada em recuperar "parte do dinheiro da Petrobras que foi roubado".
"Quero que vocês um dia enxerguem a razão e vejam que tudo o que vocês pregam gera mal, atraso, números ruins. E quem paga de maneira mais dura, mais abjeta, é o povo, é o pagador de imposto."
Contingenciamento
Ao isentar o atual governo da responsabilidade pelos cortes, o ministro citou como causa do problema o governo Dilma, destacando que a petista tinha como vice o também ex-presidente Michel Temer.
Weintraub afirmou que a atual gestão está apenas "cumprindo a lei" e disse que, se as reformas apresentadas pelo governo, principalmente a da Previdência, forem aprovadas pelo Congresso, o ambiente econômico melhorará e o Executivo terá recursos para voltar a investir.
"O Brasil parou de afundar, mas infelizmente ainda não decolou. Paramos de investir e isso só vai passar quando aprovarmos a nova Previdência. Estamos no limiar de ver o Brasil decolar. A recuperação econômica vai gerar receita e poderemos ter recursos para investir na educação novamente", disse.
Weintraub defendeu novamente que as universidades públicas do País não podem ser soberanas e que, se preciso for, a polícia pode atuar nos campi destas instituições. "Autonomia universitária não é soberania. Se preciso, a polícia tem que entrar (nas universidades). E se preciso for, a polícia vai entrar, vai entrar sim", disse.
O ministro participa de uma audiência pública em comissão geral na Câmara. Ele foi convocado nesta terça-feira, 14, para explicar o contingenciamento que foi imposto às universidades federais.
Nesta terça, Weintraub já havia defendido a permissão para a atuação das polícias no ambiente das universidades. Essas instituições gozam de autonomia "didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial" garantida pela Constituição. O ministro também afirmou que é preciso "corrigir juntos (a educação) sem revolução, sem brigar, sem intolerância"..