Após mais de cinco horas de audiência pública em que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, é ouvido e questionado por deputados na Câmara, uma confusão generalizada tomou conta do plenário. Parlamentares que apoiam o governo reagiram a críticas e xingamentos feitos por oposicionistas ao titular da pasta.
Leia Mais
Weintraub diz não considerar algumas pesquisas como científicasWeintraub quer salário para aluno que seguir carreira docente e for bem no EnemManifestantes distribuem livros em ato que reuniu 150 mil no RioCortes na Educação: Atos ocorrem em pelo menos 241 cidadesAto em SP termina em frente à Assembleia LegislativaA discussão levou o primeiro-vice-presidente da Casa, Marcos Pereira (PRB-SP), a suspender a sessão por cinco minutos.
Momentos antes, outro bate-boca já havia tumultuado a reunião. Ao iniciar sua fala, o deputado André Janones (Avante-MG) cobrou atenção de Weintraub. "Olha para mim enquanto eu estou falando, seu covarde, seu debochado. Eu prestei atenção no senhor durante três horas, agora preste atenção em mim", afirmou.
Ele também cobrou do ministro para "descer do pedestal" e disse que ele não merecia respeito. "O senhor é um moleque, não sabe o que é viver em uma democracia", completou. Enquanto isso, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) gritou, fora do microfone: "respeita o ministro, seu palhaço".
Janones disse ainda que o governo Bolsonaro comete erros e acertos, mas classificou a indicação de Weintraub para o cargo como um "grande erro".
Convite
Mais cedo, Weitraub afirmou que convidou a deputada Tábata Amaral (PDT-SP) para uma visita ao MEC, mas disse que ela recusou. A deputada afirmou que nunca recebeu tal convite. Nos bastidores, o ministro e a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), pediram a assessores para localizarem o documento.
Em seguida, Weintraub reafirmou no microfone que o convite foi feito, mas Tábata poderia não tê-lo recebido. Ele afirmou que seria um grande prazer recebê-la para conversar..