O presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu na tarde desta quinta-feira, em Dallas, nos EUA, o prêmio “Personalidade do Ano” da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Em seu discurso, o presidente escolheu a imprensa brasileira e as lideranças de esquerda como antagonistas ao seu governo.
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O presidente afirmou que sua eleição foi um ato de coragem dele que, com a ajuda de seus apoiadores, conseguiu vencer, contrariando o que muitos pensavam.
Bolsonaro também comentou a oposição e as críticas que enfrentou nessa quarta-feira, quando milhões de pessoas, maioria de estudantes, foram às ruas contra os cortes anunciados na educação. Ao tratar dos protesos ele classificou os manifestantes como "idiotas úteis" e "massa de manobra".
“Eu quero agradecer também a coragem desses 22 homens, que são meus ministros, de entrar nesse time. Desde há muito sabíamos que não seria fácil.
Em sua fala, o presidente ainda disse que a esquerda tem representantes “infiltrados” em diversos segmentos e destacou a comunicação e a educação como tendo as maiores concentrações. “A esquerda tomou e infiltrou, não só na imprensa, como as escolas até de ensino médio”, disparou.
Em outros momentos, Bolsonaro destacou o estreitamento de relações com os Estados Unidos que faz parte de sua linha de adminitração, inclusive, abrindo campo para que o comércio entre os dois países fique ainda mais intenso.
No entanto, ele disse lamentar as críticas recebidas e fizeram com que a premiação mudasse de local e até cidade. “Lamento muito o ocorrido nos últimos dias em que não pude comparecer em eventos em outras cidades. Eu não posso comparecer a uma casa onde não me querem bem”, afirmou, mas destacando que o “amor” dele pelo país segue inabalado.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, usou as redes sociais para comemorar a ausência de Bolsonaro, a quem chamou de homofóbico com orgulho. Bolsonaro foi alvo de uma campanha de ativistas LGBT em Nova York que levou à retirada de vários patrocínios do evento em homenagem a ele.
Contudo, antes de encerrar sua fala, o presidente brasileiro se embaralhou em seu próprio slogan de campanha ao tentar fazer uma adaptação para agradar os anfitriões da homenagem recebida por ele. “Brasil e Estados Unidos acima de tudo e Brasil acima de todos”, disse. Normalmente, a fala que serve como marca a gestão dele é “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”. Antes disso, Jair Bolsonaro bateu continência a bandeira norte-americana.
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