O ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo, não integra mais o PSDB de Minas. A saída do partido foi solicitada no início deste mês em carta enviada ao presidente da legenda no estado, deputado federal Paulo Abi-Ackel, recém escolhido para comandar a legenda. No texto, Azeredo relembra a passagem como vice-prefeito de Belo Horizonte e no Palácio da Liberdade, além dos mandatos na Câmara dos Deputados e Senado.
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Azeredo foi condenado a 20 anos e um mês de prisão por peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro. Ele se entregou à polícia em maio do ano passado e cumpre pena em uma sala especial em um quartel do Corpo de Bombeiros, na região Centro Sul da capital mineira.
Ele foi preso em 23 de maio, quando se entregou à 1ª Delegacia Distrital da Polícia Civil, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
O ex-governador ainda informa no texto que participou da fundação da legenda, em 1988, e teve como inspiração o pai, Renato Azeredo. Ele ainda destaca projetos encabeçados por ele no Legislativo e implantados em suas gestões no Executivo, sendo o primeiro governador do partido em Minas.
Por fim, o tucano encerra a carta em tom de crítica a integrantes do PSDB - sem citar nomes -, e lamentando o encolhimento da bancada.
“Lamento profundamente que o partido tenha hoje apenas a nona bancada da Câmara dos Deputados, o que debito, em parte, à dubiedade, ao populismo e à covardia e hipocrisia de alguns no enfrentamento das questões eleitorais”, afirma, e finaliza: “Agradeço a tofos os filiados, militantes, colegas e amigos que me acompanharam nestes trinta anos de convivência partidária”.
Em nota, o diretório estadual do PSDB de Minas afirmou que foi informado por familiares de Azeredo da desfiliação, protocolada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas que não ia comentar as motivações da decisão. “As razões que motivaram sua decisão, por serem de caráter pessoal e de foro íntimo, não serão objeto de comentários deste Diretório”, informou a assessoria de imprensa do partido.