O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (22) que está comprometido com a aprovação da reforma da Previdência e de outras agendas do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que virão, mas pediu ao Executivo menos "distração" e mais pró-atividade. A cobrança foi feita durante seminário promovido pelos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense, que trouxe nomes importantes para a discussão.
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Em referência indireta a esses críticos, Maia disse ainda que não adianta fazer reforma da Previdência se a democracia não permanecer e for madura. “Até porque sabemos que o sistema privado não tende a investir em ditaduras, como não investe na Venzezuela. Precisamos dar condições para que o setor privado possa construir investimentos em 10 ou 15 anos”, disse.
O presidente da Câmara afirmou ainda ter convicção de que a estrutura do Brasil inviabiliza soluções para a sociedade por estar “capturada” por grandes corporações públicas e privadas.
Menos benefícios para serviço público
Maia afirmou que os salários dos servidores públicos da União e estados estão muito acima do setor privado e eles ainda têm benefícios que os demais trabalhadores não têm.
Apesar da crítica, o parlamentar disse não estar se posicionando contra o funcionalismo público. “Meu pai e avós eram servidores, mas, até para valorizar, precisa dizer que esse sistema está falido, essa estrutura está falida”, disse.
Para Maia, o Congresso também precisa mostrar à sociedade que tem “convergência” com a pauta de recuperação econômica do Brasil. Ele afirma que a questão do benefício de prestação continuada (BPC) precisa ficar para depois, mas precisa ser discutida em algum momento.
Sobre a proposta de capitalização na Previdência, Maia defendeu que haja aprovação, mas que a regra só entre em prática em um momento em que o Brasil estiver com a economia melhor. “Não sei se é o momento, a gente pode deixar aprovada para depois regulamentar”, disse.
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