O presidente do Instituto CNA, Roberto Brant, projetou um cenário pós-reforma da Previdência no seminário sobre o tema realizado pelo Correio Braziliense e o Estado de Minas. Para ele, serão necessárias outras reformas, a fim de mudar a maneira como ocorrem os gastos públicos.
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Maia diz que ditaduras não atraem investimento e pede menos distração ao governo"A classe política vai fazer a parte dela", diz Paulo Guedes sobre PrevidênciaGuedes cobra protagonismo do Congresso pela aprovação da reforma; Maia defende democracia e pede nova postura do governoNo entanto, Brant afirma que é possível que as mudanças nas regras previdenciárias não sejam aprovadas ou sofram grandes alterações no Congresso. "Ainda existe uma hipótese de que a reforma da Previdência não passe no parlamento, ou que não se tenha uma mudança minimamente eficiente. Excluir os estados da reforma e fazer pela metade", disse.
Brant também afirma que o governo está focando apenas no impacto fiscal da reforma, e não na necessidade de reformular todo o sistema financeiro do Estado. "Me preocupa também o viés exclusivamente fiscal. A reforma propõe mais do que isso. Propõe mudar a forma como ocorre o gasto público", completou.
O futuro
Roberto Brant afirma que diante da recessão econômica e da estagnação das últimas décadas, é necessário que sejam realizadas transformações mais profundas. "Mesmo se a reforma passar, não será suficiente. Se o Brasil crescer a 0,5% ou 1% não é o necessário. O país corre muito risco de tornar-se ingovernável se a economia não crescer", disse. "O crescimento do populismo e do nacionalismo provém da ineficiência do Estado de continuar crescendo", completou.
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