Uma operação federal na manhã desta quinta-feira deflagrou investigação na Prefeitura de Barbacena envolvendo crimes de fraude em licitação, de corrupção e de desvio de recursos públicos da União.
Os delitos envolveriam a gestão municipal entre os anos de 2013 e 2016. O valor do desvio não foi informado ainda. Nesta quinta-feira, está marcada uma coletiva de imprensa para informação de detalhes da operação.
Estão sendo cumpridos 30 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e pela 1ª Vara Federal de São João Del Rei, nos municípios mineiros de Barbacena, Juiz de Fora, Belo Horizonte, São João Del Rei, Piedade do Rio Grande e Carandaí.
Participam da operação 130 policiais federais, além de 18 auditores da Controladoria Geral da União e 14 auditores da Receita Federal.
Essa é a segunda fase da Operação Desvio, deflagrada pela primeira vez na última terça-feira (21). Nessa etapa, a força-tarefa focou em desvio de recursos públicos em um contrato para aquisição de equipamentos hospitalares para o Hospital Geral de Barbacena.
Nesta quinta-feira, as investigações têm como alvo fraudes em licitação para obras de ampliação do sistema de esgoto sanitário, construção de academias para o sistema de saúde municipal construção de quadras poliesportivas.
Em todos os casos, apesar de os recursos federais terem sido liberados pela União, as obras permanecem inacabadas ou abandonadas.
A primeira obra diz respeito ao convênio firmado com o Ministério das Cidades para a ampliação do sistema de esgoto sanitário que previa a instalação de redes coletoras e de interceptores, bem como a construção das Estações de Tratamento de Esgoto “Galego” e “Retiro das Rosas”.
A segunda se refere ao Programa “Academia da Saúde”, no qual, embora o Ministério da Saúde tenha repassado à Prefeitura recursos para a construção de academias da saúde nos bairros João Paulo II, Funcionários, Santa Efigênia, Pinheiro Grosso, Santa Luzia, Grogotó, São Francisco, Correia de Almeida, Colônia Rodrigo Silva, Nove de Março, Nossa Senhora do Carmo, Santo Antônio e Monte Mário, os empreendimentos seguem inacabados.
A terceira abarca o convênio firmado com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, que consiste na construção/reforma de quatro quadras poliesportivas nas escolas municipais Monsenhor Lopes, José Felipe Sad, Osvaldo Fortini e Coronel Camilo Gomes de Araújo, as quais estão inacabadas e duas delas paralisadas há mais de um ano.
Uma vez condenados, os investigados estarão sujeitos à pena máxima de 28 anos de reclusão.