Único político preso por causa do chamado mensalão mineiro, o ex-governador Eduardo Azeredo completa nesta quinta-feira (23) um ano detido em sala especial do Corpo de Bombeiros, em Belo Horizonte. De lá, já que está no regime fechado, ele trabalha há cerca de nove meses para uma empresa de turismo que lhe paga R$ 748,50 por mês, equivalentes a três quartos do salário mínimo.
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Preso há um ano, ex-governador Eduardo Azeredo pede desfiliação do PSDB Condenado no mensalão tucano, Azeredo pede liberdade até julgamento do STJJustiça autoriza Eduardo Azeredo a votar nestas eleiçõesAzeredo sobre Janot: ''Fui injustiçado e vítima de um psicopata''Ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo deixa a prisãoSegundo a assessoria do Fórum Lafayette, no último dia 3 de maio a Justiça autorizou a remição de 50 dias por trabalho e 12 por estudo. Outros 16 dias foram concedidos em decisão de 14 de janeiro por causa da leitura. De acordo com a Ascom, ainda não houve solicitação de novos dias depois destes.
De acordo com a Secretaria de Administração Prisional (Seap), Azeredo trabalha desde agosto do ano passado. O serviço consiste na elaboração de roteiros turísticos por meio de consulta manual a livros e revistas.
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“A empresa o contratou para escrever roteiros de turismo e envia semanalmente livros, revistas e afins para que ele faça a consulta necessária manualmente”, explicou a secretaria, que não forneceu o nome do estabelecimento.
Livros e computador
Os presos no regime fechado podem trabalhar, desde que consigam autorização da Justiça. A Seap esclareceu que Azeredo não tem acesso a telefone, mas pode usar um computador somente para estudar. O Laptop é configurado pela Diretoria de Sistemas de Informação da Seap para acesso restrito a uma plataforma da UAITEC pela qual ele faz um curso de educação à distância.
Azeredo foi preso no dia 23 de maio do ano passado depois de ter a condenação pelo mensalão mineiro confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. No início deste mês, o ex-presidente do PSDB pediu a desfiliação da legenda que ajudou a fundar em 1988. Ele comunicou a saída dos quadros do partido com uma carta crítica em que aponta falhas e fala na redução da bancada tucana, o que atribui à “dubiedade, ao populismo e à covardia e hipocrisia de alguns no enfrentamento das questões eleitorais”.
O ex-governador foi condenado pelo desvio de R$ 3,5 milhões de estatais mineiras em 1998, que segundo entendimento do Judiciário, serviram para a campanha dele à reeleição. Azeredo foi apontado como um dos principais responsáveis pelo esquema, que envolveu agências de publicidade de Marcos Valério, que foi preso pelo mensalão petista.
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