No mesmo dia em que as atividades da Avianca foram suspensas no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que vai sancionar o texto da medida provisória (MP) 863, que obriga as companhias aéreas a despacharem bagagens gratuitamente, revogando uma norma da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
“Vou, vou... A pedido teu (o jornalista que fez a pergunta), vou sancionar, fica tranquilo aí. Afinal de contas, com aquela isenção da franquia da bagagem, meu coração manda sancionar, porque quando começou cobrar a bagagem, a passagem não caiu, não adiantou nada”, respondeu Bolsonaro ao ser questionado se vai sancionar a "MP das aéreas".
Em seguida, o presidente, que está em Recife, citou a decisão do governo de isentar da reciprocidade de visto de turistas de quatro países — Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália —, que já teria acarretado em um aumento de 200% nas passagens confirmadas para o Brasília no próximo mês de dezembro. Ele creditou essa informação ao recém-nomeado presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Gilson Machado.
Em café da manhã com jornalistas na quinta, o qual o Correio estava presente, Bolsonaro não havia sido categórico ao comentar a decisão do Congresso da noite anterior. Na ocasião, ele disse que o “coração manda” manter assim o texto da Medida Provisória, mas não deu uma resposta definitiva sobre se vetaria o trecho. A MP 863 também amplia de 20% para 100% a participação do capital estrangeiro nas empresas aéreas nacionais.