Em uma nova fase da operação Lava-Jato, no Rio de Janeiro, a Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira (29/5), um doleiro e dois funcionários do Bradesco. Eles são acusados de enviar dinheiro desviado para depósito em contas no exterior.
Essa fase é um desdobramento da operação Câmbio, Desligo. Foram presos até o momento, Tânia Maria Aragão de Souza, Júlio César de Andrade e Robson Luís Cunha Silva. De acordo com as investigações, dois são funcionários do Bradesco, acusados de facilitar o envio do dinheiro para foram do país, e o terceiro é um operador do esquema.
As equipes policiais saíram as ruas nas primeiras horas do Rio. Tânia, funcionária do banco privado, foi presa na Barra da Tijuca, área nobre do Rio. A operação Câmbio, Desligo, foi deflagrada no ano passado para apurar lavagem de dinheiro para beneficiar diversos esquemas de corrupção. Entre eles está o liderado pelo ex-governador do Rio, Sérgio Cabral e Dario Masser, conhecido como o "doleiro dos doleiros".
Os mandados são cumpridos por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Agentes também realizam buscas em endereços ligados aos investigados.
Outro lado
Em nota, o Bradesco disse que "tomou conhecimento pela imprensa nesta manhã da ação de autoridades policiais envolvendo dois funcionários". A instituição afirmou que as informações, quando oficialmente disponíveis, serão apuradas internamente.
"Como sempre, o Bradesco se coloca à disposição das autoridades no sentido da plena colaboração e esclarecimento sobre as apurações que estão sendo realizadas. Por fim, o Bradesco reitera que cumpre rigorosamente com as normas de conduta ética e governança vigentes para a atividade”, conclui no texto.