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Estado de Minas POLÍTICA

Bolsonaro pede que PSL vote reforma administrativa e retire Coaf de Moro

Conforme relatos feitos reservadamente, Alcolumbre reforçou o apelo do Planalto citando o risco de o texto ser alterado, voltar para a Câmara e caducar


postado em 28/05/2019 17:51 / atualizado em 28/05/2019 20:13

A carta foi assinada por Bolsonaro e pelos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça)(foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
A carta foi assinada por Bolsonaro e pelos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça) (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Líderes do Senado já estão reunidos há duas horas para tentar um acordo em torno da votação da reforma administrativa. Pelo menos cinco bancadas ainda defendem alterar o texto da Câmara e manter o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, elevando o risco de a medida provisória perder a validade.

Na reunião de líderes, PSD, Podemos, Rede, PSB e PROS insistem em votar o item do Coaf separadamente e ainda exibir no plenário o voto de cada parlamentar. O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, recuou e cedeu ao apelo do Planalto para aprovar o texto da Câmara. No encontro, Major Olimpio (PSL-SP) não escondeu a indisposição com o posicionamento, de acordo com relatos.

Mesmo que haja votação sobre o Coaf, senadores afirmam que não há votos para reverter o texto dos deputados. Lasier Martins (Pode-RS), integrante de um dos partidos que apresentou o pedido para o Coaf ficar com Moro, afirmou que haveria somente 20 a 25 votos dos 41 necessários para que o órgão continue nas mãos do ministro Sergio Moro.

Carta

Durante a reunião de líderes, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), leu uma carta do presidente Bolsonaro pedindo que os senadores votem a reforma administrativa conforme o texto da Câmara, tirando o Coaf do Ministério da Justiça.

Conforme relatos feitos reservadamente, Alcolumbre reforçou o apelo do Planalto citando o risco de o texto ser alterado, voltar para a Câmara e caducar. A carta foi assinada por Bolsonaro e pelos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça). Alcolumbre teria destacado ainda que esta é a primeira vez que um presidente da República faz um gesto como esse para pedir recuo dos congressistas em nome de manter a reestruturação administrativa.


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