Após os atos de domingo em apoio à gestão Jair Bolsonaro, as entidades estudantis afirmaram que os protestos convocados para quinta-feira, 30, em 150 municípios de 20 estados não são contrários ou favoráveis ao governo federal, mas em defesa da Educação.
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Manifestantes pró-Bolsonaro arrancam faixa a favor da educação em CuritibaDeputada Tabata Amaral processará ministro da Educação por danos moraisVÍDEO: Audiência com ministro da Educação termina em confusão na CâmaraAs entidades destacam que protestos são uma resposta à decisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que reduziu o orçamento das universidades federais, bloqueou recursos para ações e programas da área e cortou bolsas de pesquisa.
"São atos com caráter diferente. Quem foi às ruas no domingo defendia um governo e suas propostas. Nós estamos defendendo a educação, as universidades, os programas para o ensino básico", disse Marianna Dias, presidente da UNE.
Ela reconhece, no entanto, que há pontos de evidente discordância entre os atos do último domingo e o de amanhã, e citou o episódio em que manifestantes pró-Bolsonaro retiraram, sob aplausos, uma faixa na Universidade Federal do Paraná (UFPR) com os dizeres "em defesa da educação".
"Independentemente de posicionamento político é inaceitável que alguém não defenda a educação. Uma situação como essa faz com que tenhamos ainda mais motivos para defender o ensino", afirmou Marianna.
Pedro Gorki, presidente da Ubes, afirmou que a entidade pediu para que todas as escolas, institutos e universidades, coloquem uma faixa, como a que foi retirada pelos manifestantes, na porta de suas unidades. "Ações como essas só mostram a necessidade de nos fortalecermos ainda mais", disse.
O ato de quinta-feira foi convocado pelas próprias entidades estudantis, ao contrário do primeiro protesto, que havia sido chamado inicialmente pelas centrais sindicais contra a reforma da Previdência e outras pautas ligadas aos servidores.
"O ato tinha sido convocado antes dos cortes, por isso, nos somamos a eles porque estudantes e educadores se viram diante do mesmo objetivo: a revogação do contingenciamento orçamentário", afirmou. No entanto, eles defendem que não há oposição entre entidades estudantis e sindicais.
Formato
Em São Paulo, o ato de quinta terá um formato diferente do primeiro.
"Os atos de estudante têm essa característica, de muita movimentação. Essa é a nossa forma de luta, queremos caminhar pela cidade, chamar atenção do maior número de pessoas", disse Marianna.
Os principais sindicatos de educadores paulistas convocaram os servidores para paralisarem as atividades. .