Acusado de obrigar os funcionários do gabinete a devolver parte dos salários recebidos na Câmara de Belo Horizonte, o vereador afastado Cláudio Duarte (PHS) poderá voltar para o cargo na próxima segunda-feira, dia 3 de junho.
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Ex-assessor de Cláudio Duarte (PSL) confirma 'rachadinha' na Câmara de BHInquérito policial indicia vereador Cláudio Duarte e mais sete por 'rachadinha'Câmara de BH aprova processo que pode levar a cassação de vereador acusado de 'rachadinha'Vereador de BH diz sofrer ameaças para votar contra cassação de colega da 'rachadinha' Vereador da 'rachadinha' nega prática e diz que outro parlamentar da Casa trama contra eleVereador acusado de 'rachadinha' volta para a Câmara de BHIsso porque o afastamento determinado pela Justiça termina no domingo e até o fechamento do protocolo da Casa, às 19h desta sexta-feira, não havia chegado nenhuma notificação para mantê-lo na condição atual.
Na semana passada, o delegado responsável pelo inquérito que apura a prática da “rachadinha”, Domiciano Monteiro, requereu à Justiça que Duarte fosse mantido fora do mandato por mais 120 dias. O caso está na Vara de Inquéritos da Justiça em primeira instância, em Belo Horizonte.
A assessoria de imprensa do Fórum Lafayete não informou se já há alguma decisão sobre o pedido feito pela Polícia Civil. Segundo o órgão, qualquer notificação será feita diretamente à Câmara Municipal.
O delegado Domiciano Monteiro disse à reportagem que não recebeu qualquer comunicado sobre o requerimento.
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu no último dia 22 o inquérito policial que apurou o desvio de recursos públicos por Cláudio Duarte. Ele foi preso termporariamente em 2 de abril e deixou a Penitenciária Nelson Hungria 10 dias depois.
Foram indiciadas oito pessoas por organização criminosa e peculato.
A defesa do vereador argumenta que os servidores faziam doações voluntárias para custear projetos sociais do mandato. Parte do valor recolhido também era destinada ao PMN, partido pelo qual Duarte foi eleito.
Cláudio Duarte também é alvo de um processo administrativo na Câmara Municipal, que pode resultar na sua cassação. A Comissão Processante tem 90 dias para terminar os trabalhos.