Os vereadores do município de Arcos, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, aprovaram nessa semana a redução dos próprios salários, além da diminuição dos vencimentos do prefeito, vice-prefeito, e secretários da cidade. O caso rendeu elogios da população local.
De acordo com a Câmara Municipal da cidade, o projeto foi votado na última segunda-feira (27) e começa a valer a partir de 2021. A expectativa é de que os cortes gerem uma economia de até R$ 5 milhões por mandato.
Seis parlamentares foram a favor das mudanças, e outros seis votaram contra. A decisão ficou para o presidente da Câmara dos Vereadores de Arcos, Luís Henrique Sabino, autor da proposta.
"Os vereadores, vice-prefeito e prefeito podem ter outra atividade remunerada, político não é profissão. O salário do prefeito da cidade de Arcos está atrás de apenas outros cinco prefeitos de capitais brasileiras, um valor totalmente disproporcional ao tamanho do município", afirma Luís Henrique Sabino.
Assim como outras cidades mineiras, Arcos enfrenta a crise econômica e convive com a escassez de recursos, principalmente com relação aos repasses do governo estadual.
Em 2017, os vereadores já tinham decidido pela redução do número de parlamentares, de 13 para 9, a partir da próxima eleição. Com isso, a folha de pagamento do Legislativo já seria menor.
O projeto ainda precisa ser sancionado pelo prefeito, que em nota, garantiu que vai aprovar o texto assim que tiver acesso ao documento.