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Estado de Minas

Zema tem dois meses para dizer se quer receber salário

Regra que permite abrir mão do vencimento está na parte da reforma administrativa sancionada pelo governador


postado em 03/06/2019 12:00 / atualizado em 03/06/2019 14:34

A opção para Zema, o vice e os secretários abrirem mão dos salários, foi incluída na reforma administrativa(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A opção para Zema, o vice e os secretários abrirem mão dos salários, foi incluída na reforma administrativa (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O governador Romeu Zema (Novo), o vice-governador Paulo Brant e os secretários de estado tem até dois meses para decidir se vão continuar recebendo os atuais salários ou optar por não ganhar nada pelo trabalho nos cargos. A medida está prevista em um dos artigos sancionados por Zema na reforma administrativa. Até então, o governador e o vice estão recebendo e doando os valores para instituições de caridade.

A reforma entra em vigor em 30 dias depois da publicação no Minas Gerais, que ocorreu na última sexta-feira (31).

Pelo texto, “é facultado ao governador do Estado, ao vice-governador, aos secretários de Estado e aos dirigentes de fundações, autarquias e empresas públicas requerer o não recebimento de seu subsídio ou vencimentos, podendo, nesse caso, optar pelo recebimento do valor equivalente a um salário mínimo”. A regra concede o prazo de 30 dias da entrada em vigor da lei para que eles requeiram o não recebimento.

O salários brutos do governador, vice e secretários são respectivamente de R$ 10,5 mil, R$ 10,250  mil e R$ 10 mil.

Em nota, o governo de Minas informou que ainda não há uma definição do que Zema vai fazer . Ele pode continuar recebendo o salário e doando, passar a quantia para um salário mínimo ou deixar de receber. Neste último caso, o dinheiro nem chegará a sair dos cofres estaduais. "A lei em questão entra em vigor em 30 de junho. O artigo mencionado computa um prazo de 30 dias após a entrada em vigor da lei. O governador reitera a disposição em abrir mão do salário", informou o governo por meio de nota.

Durante a campanha eleitoral, o então candidato Romeu Zema registrou em cartório a promessa de não receber salário enquanto os servidores públicos estivessem com os pagamentos atrasados ou parcelados. No documento, ele incluiu o vice-governador e os secretários de estado na regra. Depois de eleito, no entanto, somente Zema e Brant anunciaram as doações.

Se permanecer veto do governador feito a outro artigo da reforma, os secretários de estado terão ainda a opção de aumentar os vencimentos ocupando cadeiras em conselhos de empresas públicas. Zema barrou trecho incluído pelos deputados que permitia o ganho de verbas pela participação nos colegiados. Na sexta-feira, o governador admitiu usar os jetons para aumentar os salários, que considera incompatíveis com os cargos, enquanto o estado estiver impedido pela Lei de Responsabilidade Fiscal de dar reajustes.

O veto foi protocolado na noite de quinta-feira (30) na Assembleia e será recebido oficialmente na próxima reunião de plenário, prevista para esta terça-feira (4).


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