Os 12 secretários do governo de Minas vão passar por uma espécie de sabatina dos deputados estaduais na semana que vem e na próxima, quando a Casa marcou as reuniões da primeira prestação de contas do ano a ser feita pelo Executivo. Os encontros ocorrem partir de segunda-feira, em meio às discussões do veto do governador Romeu Zema (Novo) a uma emenda aprovada na Assembleia que proibia o pagamento de jetons para os titulares das pastas.
Leia Mais
Zema muda discurso de campanha e admite pagar jetons para secretáriosALMG vai convocar secretários de Zema pelo menos três vezes por anoALMG se recusa a aumentar salário de secretários de ZemaPelé do Vôlei será o secretário de Esportes do governo ZemaPela programação do "Assembleia Fiscaliza", o secretário de governo Custódio Mattos (PSDB) será o primeiro a comparecer, na segunda-feira (10) e os titulares das áreas mais sensíveis da gestão também irão na semana que vem. Para dar publicidade, a ALMG vai transmitir as reuniões pela TV Assembleia e pelo Youtube. A Casas também criou um hotsite para reunir informações das reuniões.
Os secretários da Fazenda, Gustavo Barbosa, e de Mobilidade e Infraestrutura, Marco Aurélio Barcelos, estão previstos para terça-feira (11) e o de Planejamento e Gestão Otto Levy na quarta-feira (12).
As reuniões vão até o dia 19 de junho. Além dos secretários de estado, autoridades e dirigentes de empresas públicas e órgãos subordinados ao governador também terão de prestar informações.
Salários
O 3º vice-presidente Alencar da Silveira Jr (PDT) afirmou esperar que a situação dos vetos não prejudique o debate sobre as contas, mas não descartou que o assunto contamine as reuniões. “Particularmente, espero que não atrapalhe, porque é a primeira vez que a Assembleia aprovou esse tipo de convocação. Mas entendo que tem muita coisa para que a gente possa tirar as dúvidas”, afirmou. Entre elas, Alencar disse que é preciso esclarecer se os atuais secretários ficarão nos cargos com o salário de R$ 10 mil, caso o veto de Zema seja derrubado no Legislativo.
Caso os secretários continuem podendo receber jetons, o governo editou decreto para que o salário chegue até R$ 35 mil. Alencar, no entanto, defende que esse teto seja reduzido a R$ 25,3 mil, para se igualar ao salário dos deputados estaduais.
Será a primeira vez que os secretários estarão na Assembleia depois de a Casa aprovar a emenda que proibia o governo de pagar jetons a eles pela participação em conselhos de empresas públicas. O governador Romeu Zema vetou este item na reforma administrativa e disse ter revisto o discurso da campanha eleitoral, quando chamava os adicionais de puxadinho para aumentar salário.
Antes de vetar o texto, Zema declarou que os salários dos secretários de Minas era o mais baixo do país e, portanto, deveria ser aumentado. Diante de um requerimeno na Assembleia, porém, a Mesa Diretora informou que não votaria um reajuste neste momento porque o estado está com o limite para gasto com pessoal estourado. Pela lei, cabe ao comando da ALMG a iniciativa de legislar sobre os salários do governador e dos secretários.
.