Guedes disse que cerca de 40% do funcionalismo deve se aposentar em cerca de cinco anos e isso servirá para “desinchar” a máquina pública. Aliado a isso, o governo pretende informatizar para diminuir a necessidade de mão de obra.
“Você não precisa demitir, não precisa fazer nada. Basta você desacelerar as contratações, as entradas que vai acontecer naturalmente e esse excesso vai embora, sem custo, sem briga, sem precisar declarar que vai desaparelhar as máquinas públicas. Não precisa fazer nada disso. Só ficar quieto um pouquinho e daqui a pouco a coisa desincha”, afirmou.
Guedes está sendo ouvido hoje na comissão para explicar a reforma da Previdência e os planos do governo federal. Ainda no raciocínio de fazer desinchar a máquina pública que, segundo ele, teve uma aceleração de contratações nos últimos anos, nem mesmo os apoiadores teriam espaço.
Antes de encerrar sua fala inicial, o ministro ainda disse que o governo prepara, para tão logo a reforma da Previdência ser aprovada, uma série de novas medidas. “Vamos fazer a reforma da Previdência, imediatamente depois tributária, o pacto federativo, acelerar as privatizações, abertura da economia, descentralização e esses ajustes”, disse.
Na mesma reunião da comissão o ministro da Economia ainda comparou o país a uma baleia ferida , que tenta se recuperar. E o remédio seria a reforma da Previdência.
“Não é coincidência que o Brasil cresça 0,5% ao ano nos últimos oito anos. O Brasil é uma baleia ferida que foi arpoada várias vezes, está sangrando e parou de se mover.
Guedes repetiu que o desequilíbrio das contas públicas vai retirar recursos de várias áreas, como a Saúde e as universidades federais. “O governo está quebrando. Na reforma da Previdência não estamos tirando R$ 1 trilhão de ninguém, estamos cortando privilégios e desigualdades futuras”, enfatizou.