O presidente Jair Bolsonaro chegou por volta das 11h desta quarta-feira, 5, a Aragarças (GO) para a cerimônia de lançamento do projeto "Juntos pelo Araguaia", que prevê a revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Araguaia. O evento faz parte das comemorações da semana do meio ambiente - 5 de junho é considerado o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Bolsonaro cumpre agenda na cidade nesta quarta-feira acompanhado dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da Agricultura, Tereza Cristina; do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio; da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto; e do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.
Acompanham ainda o presidente os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO).
O Palácio do Planalto confirmou na noite desta terça-feira, 4, que o presidente manteve a previsão inicial de viajar a Aragarças para atividades da semana do Meio Ambiente. O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, chegou a anunciar que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) detectara riscos na viagem e que o presidente não a faria mais.
Bolsonaro seria representado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. "As análises de risco são continuadas", disse o porta-voz, ao explicar o motivo de o Palácio do Planalto ter voltado atrás. Ele afirmou que, por segurança, não poderia detalhar o que fez o Planalto anunciar o cancelamento da viagem e recuar minutos depois.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que havia restrições logísticas, por causa das dificuldades de deslocamento e acúmulo de compromissos.
A cerimônia é realizada às margens do Rio Araguaia, que divide as cidades de Aragarças e Barra do Garças (MT). Apesar da preocupação do GSI com a segurança do presidente, pouco antes do evento, Bolsonaro, vestido com uma camisa de futebol do Goiás, parou na rua para cumprimentar a população, o que atrasou sua chegada em quase uma hora.
O projeto agora lançado tem como objetivo recompor áreas florestais, conservar o solo e a água da região e implementar ações de saneamento. De acordo com o site do governo de Goiás, a estimativa é de que, com a primeira fase do projeto, os dois Estados "restaurem 10 mil hectares de áreas de preservação permanente e de recarga de aquíferos nas cabeceiras e nos afluentes que formam o Araguaia".
Código Florestal
O Broadcast Político mostrou ontem que, após a medida provisória que altera o Código Florestal perder a validade no Senado, o governo pretende enviar nesta quarta uma proposta igual à que foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Mesmo com risco de judicialização, a ideia é ganhar tempo e garantir o apoio da bancada ruralista no Congresso. A medida provisória abre espaço para produtores rurais não recomporem áreas de preservação ambiental.
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