Jornal Estado de Minas

PF de MG prende advogados e policiais federais para combater corrupção


A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, operação batizada de Escobar  - desdobramento da operação Capitu -, para apurar crimes  de corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, obstrução de justiça e violação de sigilo funcional envolvendo advogados e integrantes da própria corporação.

Foram cumpridos três mandados judiciais de prisão preventiva e um mandado judicial de prisão temporária. Também foram cumpridos mandados de intimação, para que possíveis envolvidos prestem esclarecimentos.

A investigação teve início após a apreensão, na casa de investigados, de documentos sigilosos e internos da Polícia Federal, quando do cumprimento de mandados da Operação “Capitu”, em novembro de 2018.

Também de acordo com a Polícia Federal, suspeitos  dos crime teriam cooptado servidores da instituição para obter, de forma ilegal, acesso a informações sigilosas ligadas a investigações de policiais federais.

Prisão


Conforme o portal G1,  do Sistema Globo, a Polícia Federal prendeu, nesta operação batizada de Escobar,  os advogados Carlos Alberto Arges Júnior e Ildeu da Cunha Pereira, além de dois servidores da própria corporação suspeitos de retirar documentos sigilosos do sistema da própria PF.

Um dos policiais presos seria Marcio Antonio Camillozzi Marra, nomeado semana passada pelo presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Zezé Perrella, para fazer parte da comissão provisória que apura as denúncias no clube.

Conforme apurou a reportagem do EM, o outro servidor da Polícia Federal preso é Paulo Oliveira Bessa. Os dois policiais são chefes do cartório central da PF em Minas Gerais.

 

A irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB), Andrea Neves, foi intimada a depor por que documentos foram encontrados na casa dela durante prisão ocorrida em maio de 2017.

Após os documentos terem sido encontrados na casa de Andrea, a PF verificou vazamento de informações sobre outras operações da corporação.

Os advogados teriam acesso privilegiado às informações e as usavam para oferecer aos clientes facilidades ilegais. Segundo nota da Polícia Federal, “tal atitude não só prejudicou diversas investigações como coloca em risco a segurança dos policiais envolvidos nos trabalhos”.


Sigilo


A reportagem do EM entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, que não confirmou os nomes dos envolvidos e presos nessa operação.

 

Até a publicação desta reportagem,  as defesas dos envolvidos nessa operação não haviam se manifestado.

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