"Nós confiamos irrestritamente no ministro Moro", disse o presidente, nessa segunda-feira (10). A informação foi dada pelo secretário de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, segundo a TV Globo, se referindo ao vazamento de mensagens trocadas pelo então juiz federal e integrantes do Ministério Público Federal, entre eles o cooordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, procurador Deltan Dallagnol.
Maia cedo, nessa segunda-feira (10), de acordo com o porta-voz da Presidência a jornalistas, Otávio Rêgo Barros, o presidente só iria se pronunciar publicamente após se encontrar pessoalmente, "em princípio" nesta terça-feira(11) com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Durante conversa com a imprensa, o porta-voz disse que o presidente não se pronunciará a respeito do conteúdo das mensagens, aguardando o retorno de Moro a Brasília para a conversa. Moro está no Rio de Janeiro.
"Como já apresentei, ele fez contato com o ministro Sergio Moro e a partir de amanhã (nesta quinta-feira, 11) colocar-se-a à disposição para compartir com o próprio ministro os fatos referentes a esse vazamento", respondeu o porta-voz.
Quando perguntado se a situação apontaria para o caso de uma eventual renúncia de Moro, Rêgo Barros afirmou que "jamais foi tocado nesse assunto".
Questionado ainda se o governo teria alguma estratégia em torno da reação da oposição no Congresso Nacional diante dos fatos, Rêgo Barros respondeu que não, uma vez que Bolsonaro não teve a oportunidade de conversar com o ministro da Justiça. "Por consequência, o governo não tem nenhum planejamento de momento", afirmou.
Segundo o porta-voz, a conversa entre os dois é importante para o presidente "conhecer do próprio ministro a sua percepção" e, "a partir dessa conversa traçar linhas e estratégias para avançar" no que o governo quer para o País.
"A importância é o presidente conhecer do próprio ministro a sua percepção, e a partir dessa conversa traçar linhas de ação, e estratégias para avançar no sentido do que tenhamos o País no rumo certo, em particular no tema economia, e obviamente outros temas que possam estar tangenciando este tema, e precisam ser solucionados o mais pronto possível", disse.