O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, aceitou ir à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para prestar esclarecimentos sobre supostas mensagens trocadas por ele com procuradores da Lava-Jato no período em que era juiz da operação em Curitiba.
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Alcolumbre
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que a ida de Moro à CCJ da Casa será "uma oportunidade para os senadores terem acesso a todas as respostas que julgarem necessárias".
A declaração do senador foi feita em sua conta no Twitter minutos depois da divulgação, no mesmo canal, de uma carta do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), que comunica a disponibilidade do ministro para ir à CCJ prestar esclarecimentos sobre as supostas conversas entre ele o procurador Deltan Dallagnol. As conversas teriam ocorrido via aplicativo de mensagens e foram publicadas pelo site The Intercept.
Alcolumbre ainda cumprimentou Moro pela iniciativa e escreveu que há de se "aguardar com muita cautela e responsabilidade o desenrolar dos próximos passos em relação a essas notícias antes de tomar as decisões."
Primeiro encontro
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sérgio Moro chegaram juntos em evento da Marinha em Brasília, que começou por volta das 10h desta terça-feira, 11.
Eles estavam reunidos no Palácio da Alvorada, quando tiveram o primeiro encontro depois do vazamento de conteúdo de mensagens trocadas entre o então juiz federal e procuradores da Lava-Jato.
De acordo com a assessoria de Moro, ambos foram de lancha até o local da cerimônia, que comemora o 154º Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo.
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