A audiência de Moro foi agendada para a quarta-feira da semana que vem, dia 19, às 9h. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), repassou aos colegas um comunicado em que Moro se compromete a ir ao Senado e que foi lido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
No comunicado, o líder do governo manifesta "confiança" em Moro e na condução da Lava Jato pelo ex-juiz. O governo abria a possibilidade de a data ser agendada para os dias 19 ou 26. A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), confirmou então a audiência para dia 19.
Alcolumbre
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que a ida de Moro à CCJ da Casa será "uma oportunidade para os senadores terem acesso a todas as respostas que julgarem necessárias".
A declaração do senador foi feita em sua conta no Twitter minutos depois da divulgação, no mesmo canal, de uma carta do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), que comunica a disponibilidade do ministro para ir à CCJ prestar esclarecimentos sobre as supostas conversas entre ele o procurador Deltan Dallagnol. As conversas teriam ocorrido via aplicativo de mensagens e foram publicadas pelo site The Intercept.
Alcolumbre ainda cumprimentou Moro pela iniciativa e escreveu que há de se "aguardar com muita cautela e responsabilidade o desenrolar dos próximos passos em relação a essas notícias antes de tomar as decisões."
Primeiro encontro
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sérgio Moro chegaram juntos em evento da Marinha em Brasília, que começou por volta das 10h desta terça-feira, 11.
Eles estavam reunidos no Palácio da Alvorada, quando tiveram o primeiro encontro depois do vazamento de conteúdo de mensagens trocadas entre o então juiz federal e procuradores da Lava-Jato.
De acordo com a assessoria de Moro, ambos foram de lancha até o local da cerimônia, que comemora o 154º Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo.